A jornada até a casa dos sonhos pode e deve melhorar
Arthur Malcon é diretor do QuintoAndar

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Em meio a transformações constantes e discussões sobre novos estilos de vida, há um desejo que permanece inabalável no coração dos brasileiros: ter um lar para chamar de seu. Não importa a idade, a região ou a condição social, a aspiração por esse espaço singular segue sendo um dos pilares de nossos sonhos mais profundos.
Alguns podem especular que as novas gerações buscam apenas flexibilidade, ou que a aquisição de um imóvel perdeu seu encanto. Mas a realidade é outra.
De acordo com o Censo QuintoAndar de Moradia, feito em parceria com o Datafolha, ter o próprio imóvel é um sonho para 87% da população brasileira. Em uma escala de 0 a 10, a casa própria tem um nível de importância de 9,7, superando outros valores fundamentais, como ter um plano de saúde ou até mesmo constituir família.
É um desejo que atravessa todas as faixas etárias, e com um brilho especial entre os jovens: 91% dos respondentes entre 21 e 24 anos almejam um imóvel próprio.
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Pesquisas recentes na plataforma mostram também uma clara preferência por casas, ao invés de apartamentos, com um desejo de mais cômodos e a busca por um bairro que ofereça mais segurança. A questão é que morar em casa dentro de grandes cidades é um grande desafio dado o custo e a segurança. Nesse cenário os apartamentos, dentro de condomínios, com ofertas de lazer e segurança cada vez mais robustos, se tornam uma opção economicamente viável.
O crescimento do mercado residencial também reflete o quanto a casa própria segue nos sonhos dos brasileiros. De acordo com a Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), as vendas de imóveis cresceram 15,7% no primeiro trimestre de 2025 e os lançamentos 15%, em comparação ao mesmo período do ano anterior.
Culturalmente, o brasileiro muitas vezes encara a compra de um imóvel como uma decisão para a vida toda, um legado. Diferente de outras culturas, como a norte-americana, onde a mudança de residência acompanha cada fase da vida — um apartamento menor para solteiros, um imóvel maior com área de lazer ao casar e ter filhos —, no Brasil, essa fluidez ainda é um desafio.
Para que possamos alcançar essa mobilidade e flexibilidade que tanto impactam a qualidade de vida, precisamos de um mercado cada vez mais evoluído, com maior facilidade de acesso ao crédito e menos burocracia nos processos de compra e venda.
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