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Tiny House: uma alternativa sustentável e barata para morar bem

O movimento arquitetônico e social que defende a moradia em locais reduzidos vem ganhando adeptos pelo mundo

Por:Verônica Lima 13/09/2020 2 minutos de leitura
A atividade que chegou no Brasil em 2018, já se espalhou por Canadá, Austrália, Nova Zelândia e toda Europa/ Foto: Getty Images

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Consolidado nos Estados Unidos, o movimento arquitetônico Tiny House defende a moradia em casas pequenas de no máximo 40 metros quadrados (m²). De acordo com a arquiteta e urbanista Gabriela Mendes, proprietária do Gabriela Mendes Arquitetura, o modelo utiliza soluções sustentáveis e criativas para garantir que a residência de tamanho pequeno tenha todas as funcionalidades e conforto de um lar. Além de ter arquitetura singular, esse movimento imprime um estilo de vida baseado na simplicidade e minimalismo.

A atividade já se espalhou por Canadá, Austrália, Nova Zelândia e toda Europa. Chegou também ao Brasil: além de um condomínio que ensaiou uma construção do tipo em 2018, existem famílias que vivem em uma dessas moradias sobre rodas pelo País a fora.

Principais características

“A primeira e óbvia qualidade é a sua dimensão reduzida. Devido a esse fator, em todas elas você encontrará muita criatividade, pois aqui os móveis e marcenaria ganham função dupla ou até tripla. Seu sistema construtivo é pré-moldado em steel frame (metálica) ou wood frame (madeira)”, explica a profissional.

Gabriela esclarece ainda que elas possuem isolamento térmico com drywall ou placas de Oriented Strand Board (OSB) ou, em português, chapa de tiras de madeira orientadas, em conjunto com lã de pet e mantas térmicas, e podem ser fixas ou construídas sobre a base de um trailer.

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Vantagens e desvantagens

Dentre suas vantagens, a sustentabilidade ganha a primeira posição. Por ser considerada uma construção “seca” é possível reutilizar materiais e o processo de concepção gera menos entulho e gasta menos água. Além disso, é uma estruturação rápida, em média de 3 a 6 meses é possível construir uma Tiny House com todo o conforto e já pronta para habitar.

Uma das desvantagens é a falta de legislação correspondente. No Brasil, um condomínio com essa filosofia em Curitiba, no Paraná, foi multado e teve obras paradas em 2018. “Portanto, se você tem interesse, deve consultar a lei do seu município e o zoneamento da região. Além dessa questão, podemos apontar o custo como um lado negativo. Apesar de ser pequena, o preço de compra varia de 60 mil a 120 mil, dependendo da estrutura que você está buscando, tipo de isolamento, parte hidráulica, entre outros elementos”, afirma Gabriela.

O que influencia o preço:

  • O tipo de Tiny House (fixa ou sobre rodas)
  • Tamanho do trailer
  • Qualidade dos materiais usados no isolamento térmico
  • Qualidade dos materiais usados na estrutura de paredes, chão e teto
  • Tipo e quantidade de janelas e portas
  • Qualidade de aparelhos e acessórios
  • Sistema de abastecimento de energia (rede elétrica convencional, energia solar, etc).

Portanto, o primeiro fator a ser considerado na hora de projetar uma Tiny House é como aproveitar o mesmo espaço para mais do que uma tarefa. “Faça isso incluindo marcenaria personalizada agregando diferentes funcionalidades ao mesmo móvel. Priorize aberturas de correr: portas, janelas, armários, assim irá ganhar espaço interno de circulação. Busque sempre uma solução sustentável: placa solar, aproveitamento de água. E lembre-se de priorizar o conforto dos moradores”, conclui Gabriela.

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