Crédito: Summit Art Creations/AdobeStock
À medida que o mercado de carros elétricos avança no Brasil, o mercado imobiliário se mobiliza para atender uma demanda cada vez mais comum dos moradores: os carregadores para veículos elétricos.
De acordo com um levantamento do banco para condomínios CondoConta, em um ano houve um aumento de mais de 35% na instalação de tomadas e obras em infraestrutura para suportar maior capacidade elétrica em condomínios de São Paulo.
O crescimento observado na comparação entre o primeiro semestre de 2023 para o mesmo período deste ano também mostra que houve um aumento de 25% na instalação de tomadas nas outras regiões do País.
Seguindo este ritmo, a tendência é que os pontos de recarga se tornem mais comuns em edifícios residenciais, assim como a piscina na área de lazer e a churrasqueira na varanda. Segundo dados da Associação Brasileira do Veículo Elétrico (ABVE), foram mais de 79 mil emplacamentos de carros elétricos de janeiro a junho de 2024, o que simboliza um aumento de 146% em relação ao mesmo período do ano passado.
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A previsão da ABVE é que neste ano o número de veículos elétricos vendidos no ano salte para mais de 150 mil. Essa alta representaria um crescimento superior a 60% sobre os 93.927 de 2023. E o movimento não é observado apenas em São Paulo.
“São aproximadamente 100 milhões de brasileiros que moram ou trabalham em condomínios. Desses, aproximadamente 80% foram construídos no século passado. Na grande maioria dos lares condominiais de médio e até grande porte, onde os moradores têm o perfil ideal de consumo de carros elétricos, não há infraestrutura necessária para carregar esses veículos”, contextualiza Rodrigo Della Rocca, CEO e cofundador do CondoConta.
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Ele explica que a necessidade de investimentos abrange principalmente os condomínios antigos, mas também exige atualização de projetos em vários dos novos empreendimentos que estavam previstos com poucas ou até nenhuma tomada e infraestrutura para esse tipo de uso.
A instalação de um ponto de recarga para veículos elétricos em um condomínio precisa ser aprovada em uma assembleia de moradores. É quando os moradores decidem quem vai arcar com os custos da instalação, a modalidade da instalação (se é um ponto único ou vários) e a forma de cobrança da conta de luz ligada aos pontos de recarga.
Após aprovação, é necessário avaliar a infraestrutura elétrica do edifício para indicar se ele está apto a receber o projeto e determinar a quantidade de pontos de carregamento, a potência elétrica da rede, modelos de carregadores mais indicados e os locais adequados para instalação, a partir da demanda dos moradores.
Esta avaliação técnica deve ser realizada por um engenheiro elétrico especializado que fornecerá um laudo técnico garantindo a segurança do projeto.
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Apenas com este laudo técnico aprovado é que o síndico deve entrar em contato com uma empresa homologada para dar seguimento à instalação dos pontos de recarga.
O custo de instalação total pode variar de R$ 6 mil a R$ 12 mil reais, mas valores podem ser alterados de acordo com o condomínio em questão e o seu sistema.