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IA na construção: brasileiro ex-OpenAI aponta caminhos para o setor

Magno Maciel afirma que profissionais ainda não exploram todo o potencial da ferramenta

Por:Breno Damascena 04/06/2025 2 minutos de leitura
No palco do Construssumit 2025, executivo comenta que modelo ideal de aplicação da IA está no encontro entre as qualidades das máquinas e das pessoas/ Crédito: Agência J. Somensi | Divulgação Construssumit

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De diferencial tecnológico a pilar fundamental, a inteligência artificial agora precisa estar integrada à estrutura das empresas que atuam no mercado imobiliário, diz Magno Maciel, brasileiro que atuou na equipe de pesquisa do OpenAI, empresa que criou o ChatGPT, e cofundador da fintech Serafin. A perspectiva do executivo é que a ferramenta deve se consolidar como um alicerce do setor. 

Em painel do Construssumit 2025, evento que reunirá incorporadores e players do mercado imobiliário nesta semana, o especialista observa que a inteligência artificial faz cada vez mais parte do cotidiano das empresas. “Estamos começando a nos acostumar com a IA e a incorporá-la no nosso dia a dia, mas ainda distante do ideal”, comenta Maciel. 

+ Fim do corretor de imóveis? Inteligência artificial revoluciona profissão e gera dúvidas

De fato, dados divulgados pela própria OpenAI em 2023 indicavam que 92% das empresas Fortune 500 usavam produtos da empresa; e uma pesquisa global da Mckinsey revelou que 79% dos entrevistados relataram ter tido algum contato com ferramentas de IA generativa até 2023.

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“A IA não é uma modinha, é um fenômeno transacional”, defende o especialista. 

Falhas na utilização

Porém, Maciel acredita que as empresas do mercado imobiliário ainda não estão empregando a IA de maneira eficiente. Isto porque grande parte dos profissionais só incorporam o ChatGPT no final de um longo processo de desenvolvimento dos projetos. 

“Eles pedem para corrigir um texto, elaborar um e-mail ou preparar a apresentação do empreendimento”, exemplifica. “Isso é como acionar o profissional mais qualificado apenas na última etapa. Antes disso, ele poderia ter ajudado no planejamento, execução, análises, processos, reuniões e nas validações”. 

Modelos práticos de uso

Enquanto as empresas debatem como a adoção de IA pode impulsionar negócios e aumentar o faturamento, Maciel defende que existem três modelos básicos que as empresas podem se apoiar nesta jornada de transformação: 

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1. Passageiro (observador)

“Neste formato, a inteligência artificial é uma observadora. Ela é convidada a acompanhar o que está sendo feito, sem interferir nos processos”, explica. “A IA pode ajudar na revisão de projetos, no feedback de reuniões e na proposição de ideias, mas sem envolvimento nas decisões”. 

2. Co-piloto (colaboração ativa)

“Agora a IA exerce um papel de colaboração ativa. Ela atua no suporte e na execução de tarefas de rotina, além de tomadas de decisão”, diz. “Pode ser útil na triagem de fornecedores e em sintetizar dados de uma obra, por exemplo”. 

3. Piloto automático (controle autônomo)

“A tecnologia assume um papel de gerenciamento, atuando na execução de processos e tomando decisões em tempo real”, explica. “A IA pode contribuir com a aprovação de crédito, geração autônoma de cronogramas, atendimento ao cliente e liberação automática de ativos contratuais”.

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O repórter viajou ao Construssumit 2025 à convite da Sienge, organizadora do evento

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