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Mais de 80 milhões de pessoas moram nos 520 mil condomínios que existem no Brasil. O avanço da verticalização alçou o síndico a um papel de mais protagonismo e profissionalismo no cotidiano das cidades. Um levantamento do Instituto Datafolha para o Grupo Superlógica mostra que 46% dos síndicos já exercem a função de forma profissional – vivendo exclusivamente dela – e 72% dos entrevistados buscaram cursos específicos para se qualificar para a função.
A justificativa para essa proporção é que a gestão condominial é uma tarefa cada vez mais complexa, que exige preparo técnico e visão administrativa. A figura do síndico, antes associada a um morador voluntário, se transformou em profissão.
O levantamento “Perfil do Síndico Brasileiro” mostra que a função é exercida majoritariamente por homens, com 59% do total, enquanto as mulheres representam 41%. A média de idade é de 42 anos e 70% dos síndicos profissionais começaram como moradores voluntários, conciliando a função com outra fonte de renda, antes de torná-la atividade principal.
Para Talita Zampieri, CMO do grupo, os dados reforçam a tendência de comportamento quanto à profissionalização da função. “Antes, a figura do síndico era associada a um morador voluntário, que trabalhava, durante o dia, em uma função diferente. Hoje, com essa profissão em ascensão, notamos que cada vez mais pessoas que iniciam nesse formato acabam transformando essa atividade em sua carreira principal”, analisa.
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A pesquisa também aponta diferenças na atuação do síndico profissional e orgânico. O síndico profissional administra, em média, oito condomínios, o que equivale a mais de 750 unidades, e dedica cerca de 32 horas semanais para a função. Já os moradores sem profissionalização cuidam de um ou dois condomínios, somando cerca de 103 apartamentos, com dedicação média de 19 horas semanais.
Quando questionados sobre a tomada de decisões, 67% dos entrevistados disseram ser os únicos responsáveis pelas resoluções financeiras do prédio. Para auxiliá-los nessa gestão, 74% dos síndicos respondentes usam alguma plataforma de gestão. Entre as funcionalidades mais utilizadas estão ‘prestação de contas’, ‘boletos’ e ‘lançamento de despesas’.
A comunicação com os condôminos combina canais tradicionais, como murais, comunicados impressos e assembleias presenciais, com meios digitais, como aplicativos de gestão condominial, WhatsApp, e-mail e redes sociais. Para se manter informados, os síndicos recorrem principalmente ao Google (93%), seguido por YouTube (74%) e Instagram (67%).
Sobre a pesquisa
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O levantamento Perfil do Síndico Brasileiro foi realizado por meio de entrevistas individuais com abordagens mistas tanto online como presenciais. A coleta dos dados foi feita pelo Instituto Datafolha com 350 respondentes de todas as regiões do Brasil.