Na esteira da verticalização das cidades, novos condomínios se espalham pelo País. Dos mais simples aos mais complexos, eles geram despesas que vão da manutenção de estruturas à emissão de boletos. Porém, nenhum gasto é tão determinante quanto a folha de pagamento dos funcionários.
Um estudo realizado pela startup uCondo mostra que os condomínios no Brasil arrecadam, em média, R$ 20 mil por mês. O valor, entretanto, pode variar bastante de acordo com a quantidade de unidades, localização, padrão e necessidades de cada empreendimento.
Do total, 40,46% dos gastos de um condomínio são para pagar os funcionários, como porteiros, zeladores e faxineiros. Em seguida, aparecem os custos de manutenção (25,84%), seguido por gastos fixos (21,88%) e despesas com a gestão administrativa/financeira (11,82%) do edifício.
De acordo com o último Censo Demográfico do IBGE, de 2022, o Brasil possui mais de 68 milhões de pessoas vivendo em mais de 13 milhões de conjuntos habitacionais.
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Em todas as regiões do País, contabilizou-se um crescimento na quantidade de condomínios em relação ao censo anterior. Só no Nordeste, por exemplo, mais de 15 mil condomínios foram criados de 2010 para 2023. Na região Sudeste foram mais de 54 mil.
Este movimento se reflete, também, em mudanças de comportamento do público. Dados da uCondo mostram que pelo menos uma em cada dez unidades condominiais possui animais de estimação.
Acompanhado dessa presença, surgem novos desafios que passam pela criação de áreas específicas para recreação e necessidades dos pets, treinamento dos funcionários e políticas para promover uma convivência harmoniosa e evitar conflitos entre os moradores.
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Outro sintoma dessas mudanças é a automação. A gestão dos condomínios agora envolve integrações e a instalação de controles de acessos digitais. “Essas inovações tornam a administração mais eficiente”, justifica Léo Mack, cofundador e diretor de operações da uCondo.