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Para prefeito de Florianópolis, ecossistema de tecnologia permitiu construção de escola em 42 dias

Setor de tecnologia é o maior arrecadador de impostos da cidade/ Crédito: Divulgação/Agência J.Somensi/Softplan
Breno Damascena
14-09-2023 - Tempo de leitura: 1 minuto

O último Censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostrou que Florianópolis ganhou 115 mil novos habitantes em 12 anos. São aproximadamente 26 pessoas chegando por dia na capital de Santa Catarina. Em painel no Construsummit, evento de gestão e tecnologia voltada para a construção civil, o prefeito de Florianópolis, Topázio Neto, falou sobre como a cidade se adequa à transformação e sobre o papel da tecnologia nesta jornada. 

“Investimos mais de R$ 4 milhões anuais na formação de mão de obra em tecnologia, por meio de institutos como o SEBRAE e o SENAI”, diz o prefeito. “Além disso, impulsionamos o programa Floripa Mais Tech, projeto gratuito que prepara jovens para o mercado de tecnologia.”

O acesso para a inovação, segundo ele, abriu as portas para o modelo construtivo que permitiu a construção de uma escola em pouco mais de 40 dias. De acordo com Topázio, a unidade nasceu com o objetivo de atender 100 alunos que não tinham conseguido se matricular em nenhuma outra instituição naquele ano letivo. 

Seguindo os modelos tradicionais de construção, a escola demoraria pelo menos um ano para ser concluída. Ao invés disso, a prefeitura adotou a construção modular, processo que consiste na fabricação e montagem fragmentada de um imóvel.

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Na prática, é o método em que módulos individuais são pré-fabricados em uma espécie de linha de montagem e transportados até o local da obra para a instalação. Com investimento de R$ 17 milhões, a escola foi projetada para atender 1.200 crianças e adolescentes. “No começo, a ideia gerou bastante desconfiança na população, mas mostramos que era possível construir uma excelente escola de forma muito rápida.”

A instituição recebeu o nome de Darcy Ribeiro, em homenagem ao sociólogo e antropólogo que estudou os povos indígenas e é reconhecido como importante defensor do ensino público. Atualmente, a escola tem cerca de 900 alunos. 

*Breno Damascena vi​ajou à Florianópolis à convite da Softplan