Criado em 2009 com o objetivo de ampliar o acesso à moradia para famílias de baixa renda, o programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV) deve passar por reformulações. As mudanças ainda não foram anunciadas pelo Governo Federal, mas, segundo nota divulgada pela Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag) após reunião realizada com o ministro do Desenvolvimento Regional (MDR), Gustavo Canuto, o projeto irá funcionar como voucher, uma espécie de Cheque Moradia ou Carta de Crédito, apenas para pequenos municípios e ainda sem metas previstas.
A audiência teria o objetivo de tratar da situação orçamentária e perspectivas para o Minha Casa, Minha Vida em 2020, regularidade nos pagamentos das obras em andamento, retomada de obras de empreendimentos paralisados entre outros assuntos, mas os presentes foram surpreendidos com a notícia de mudança no programa.
De acordo com o MDR, ele, o Ministério da Economia, a Casa Civil e a Caixa Econômica estão dedicadas à reformulação do Programa de Habitação de Interesse Social, que terá novo nome, novas diretrizes e faixas de renda distintas às que existem hoje no Programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV). O objetivo é assegurar que os recursos públicos sejam aplicados de forma mais eficiente para garantir moradia digna às famílias que mais precisam e em consonância com as necessidades habitacionais regionais.
A medida também pretende corrigir falhas identificadas no MCMV, como a comercialização irregular de unidades habitacionais e o crescimento desordenado de condomínios, dentre outras. Seriam dois públicos-alvo principais para o novo Programa de Habitação de Interesse Social: a população que não tem condições de assumir um financiamento e deve ser atendida por meio de vouchers e as famílias que têm condições de acessar um financiamento, mas que precisam de algum apoio do governo.