Na lista de 10 maiores prédios do Brasil, dois estão em Goiânia. Impulsionada por mudanças no Plano Diretor, a força do agronegócio e o crescimento populacional, a capital do Goiás observou uma valorização imobiliária significativa. A conjuntura local resultou na construção de uma série de arranha-céus e é nesta trilha que, em breve, os moradores vão assistir ao nascimento do prédio mais alto da cidade.
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Vizinho do Goiânia Shopping, no bairro Setor Bueno, o City Park Majestic será uma torre residencial com 196 metros de altura e 56 pavimentos. Desenvolvido pela City Soluções Urbanas, o empreendimento terá um apartamento por andar, além de um dois andares dedicados a áreas de lazer e três andares para vagas de estacionamento.
Cada unidade terá 280 m² e quatro suítes, além de pé-direito de 2,8 metros. O empreendimento também vai contar com sala de reunião, espaço para homeschooling, academias de ginástica e 1.700 m² voltados para o lazer. Além disso, todos os apartamentos terão vista livre para o Parque Vaca Brava.
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Este horizonte e a luz do sol, inclusive, são as justificativas da incorporadora para a entrega de um prédio tão imponente. “Os prédios são altos em Balneário Camboriú porque as pessoas querem a melhor vista para o mar. Em Goiânia, o mar são os parques. O que nós queremos é oferecer aos compradores a melhor posição do sol da manhã e a melhor vista da cidade”, explica João Gabriel Tomé, sócio-diretor da City Soluções Urbanas.
“Não foi a ideia inicial, mas agora entendemos que a altura se tornou um chamariz. Ela confere um status para o empreendimento”, contrapõe.
A vista do horizonte, entretanto, custa um preço alto. Parte dos apartamentos no futuro maior prédio de Goiânia foram negociados por quase R$ 5 milhões e a empresa espera alcançar um VGV de R$ 200 milhões. Na prática, o metro quadrado está sendo negociado a cerca de R$ 17 mil.
Em comparação, o preço médio do m² em Goiânia é de R$ 7.820, segundo o Índice Fipe ZAP do último mês. No bairro Bueno, o preço médio é R$ 9.226. “O mercado imobiliário de Goiânia vive um momento especial, crescendo acima da média nacional”, pontua Tomé. “Existe uma demanda reprimida no alto padrão que é fomentada pelo bom momento econômico da região”, analisa.
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Entre as capitais, apenas João Pessoa e Curitiba registraram valorizações mais altas do que Goiânia nos últimos 12 meses, segundo o Índice FipeZAP. De acordo com o levantamento, a alta no período foi de 14,8%. Este crescimento, segundo Tomé, é resultado do enriquecimento da população por conta do agronegócio. “O agro enriqueceu o interior e o interior vem para a capital”.
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“Vendemos imóveis para mais de 70 cidades, mas não é um público apenas de investidores do agro. Goiânia é a capital do centro-norte e temos um avanço no setor da saúde, contamos com indústrias relevantes e polos econômicos nas redondezas, como Anápolis”, indica.
De olho neste público, a empresa já antecipa que o City Park Majestic, com previsão de entrega para abril de 2029, é apenas a primeira torre do complexo residencial City Park. Ao todo, serão três torres residenciais com 196 metros de altura em um terreno de 7 mil m².
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Anunciado esta semana, o City Park Palace é o segundo lançamento. Com apartamentos de 345 m², o empreendimento também terá uma unidade por andar e todos com vista livre para o parque. A companhia espera alcançar um VGV de R$ 270 milhões com a segunda torre, que deve ser entregue em 2030.
A terceira torre ainda não tem previsão de lançamento, mas a companhia já antecipa que deve ser nos mesmos moldes das duas primeiras, mas desta vez com apartamentos de 453 m². Ao fim do projeto, a City Soluções Urbanas pretende alcançar um VGV de R$ 770 milhões.