Investir em Imóveis

O que vai acontecer com os fundos imobiliários em 2025?

Especialistas analisam cenários e alertam para riscos da inflação e baixo crescimento do PIB

Por:Breno Damascena 27/12/2024 2 minutos de leitura
Fundos de papel aparecem como uma perspectiva melhor do que os fundos de tijolo/ Crédito: blackday/AdobeStock

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Se investir em fundos imobiliários está entre as suas promessas para 2025, a orientação de especialistas é que você tenha cautela. Os movimentos previstos para a Selic, o baixo crescimento do PIB e a perspectiva de um cenário macroeconômico mais desafiador indicam um ano turbulento para o segmento. No entanto, ainda será possível encontrar bons negócios se o investidor pensar no longo prazo. 

“Em 2025, teremos uma inflação acima da meta, a perspectiva do crescimento do PIB ser um pouco menor do que no último ano e uma taxa de juros crescendo”, contextualiza a analista de finanças especializada em fundos imobiliários Maria Fernanda Violatti. “É um ambiente pior do que no início de 2024, quando entrávamos com a expectativa de queda na Selic. Agora, a tendência é de um crescimento de até 14%”, pontua.

Tijolo e renda fixa

A analista entende que, diante dos obstáculos que se apresentam para o setor, é provável que o mercado comece a lidar com uma migração significativa dos investimentos em renda variável para investimentos em renda fixa. “O ano deve ser de cautela para os investidores”, justifica.

+ Como ficam os fundos imobiliários com a Selic a 12,25%?

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Neste contexto, a projeção é que o setor seja especialmente desfavorável para fundos de tijolo – aqueles fundos atrelados a imóveis físicos.

“Com incertezas econômicas e aumento de juros, essa classe vai enfrentar dificuldades. A recomendação é escolher fundos com os melhores imóveis e em grandes centros, onde a busca por espaços já é consolidada e, por isso, devem sofrer menos com os solavancos do mercado”, observa Violatti. 

Por outro lado, Carol Borges, head e analista de FIIs da EQI Research, observa que o desempenho operacional de setores como shoppings, renda urbana, logística e lajes têm mostrado evolução consistente. A orientação dela é buscar posições de longo prazo para aproveitar essas oportunidades. 

“A combinação de preços competitivos, aquisições abaixo do custo de reposição e potenciais rendimentos crescentes cria um ambiente favorável para aqueles dispostos a esperar pela maturação das teses”, pontua. “Para investidores com visão de longo prazo, os FIIs seguem como uma alternativa sólida para exposição ao mercado imobiliário”, defende. 

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Fundos de papel

Prevendo uma estrada difícil para os fundos imobiliários em 2025, as especialistas recomendam que os investidores observem o movimento dos fundos de papel – aqueles ligados a ativos financeiros, como Letras de Crédito Imobiliário (LCI), Letras Hipotecárias (LH) e Letras de Crédito Imobiliário (LCIs). 

+ Depois de ano em alta, crédito imobiliário deve cair em 2025

“Carteiras pós-fixadas devem oferecer retornos alinhados ao CDI, contribuindo para menor volatilidade na composição do portfólio. Já os fundos com exposição a IPCA+ continuam proporcionando retornos reais competitivos, com prêmios acima das taxas das NTN-Bs de referência”, situa Borges.

No entanto, mesmo dentro deste segmento, é importante estudar para tomar uma boa decisão. “Talvez os fundos de papel indexados ao CDI talvez sejam indicados a curto prazo e fundos atrelados ao IGPA sejam indicados a longo prazo”, sugere Violatti.

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