Aumento da inflação e da taxa de juros causam fuga dos FIIs
Até janeiro, com a Selic a 2%, houve crescimento recorde no número de novos investidores no ativo; em setembro, a porcentagem de FIIs que encerram o mês com ganhos foi de 35%
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Dos 189 fundos imobiliários (FIIs) negociados em outubro na B3, apenas 33,86% (64) fecharam com ganhos que não passaram de 7,48%. Entre eles, 22 ganharam menos de 1%. O aumento da inflação e da taxa de juros são apontados como motivadores da fuga desse tipo de ativo, já que muitos estão migrando para a renda fixa.
O estudo foi feito pela plataforma Smartbrain com exclusividade para o E-Investidor. Nos dados, foram consideradas as variações das cotas e os rendimentos.
Como comparativo, o Índice Fundos de Investimentos Imobiliários (IFIX) fechou o mês de outubro em queda de 1,47%. No acumulado anual, há um recuo de 8,40%.
Estão no pódio dos FIIs que cresceram em outubro, os fundos RB Capital Renda II (RBRD11), com alta de 7,48%; seguido pelo Vila Olímpia Corporate (VLOL11), valorizando 7,41%; e, em terceiro lugar, o fundo Shopping West Plaza (WPLZ11), com alta de 6,88% no mês. Tais fundos são classificados como lajes comerciais, escritórios e shoppings, respectivamente.
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No acumulado anual, 37 de 165 FIIs obtiveram ganhos. Os três de maior crescimento são o BB Progressivo (BBFI11B), com rentabilidade de 22,77%; Valora RE III (VGIR11), um fundo que teve rentabilidade de 20,45%; e o General Shopping e Outlets do Brasil (GSFI11), que apresentou uma valorização de 19,20%.
Em setembro, a porcentagem de FIIs que encerram o mês com ganhos foi de 35%, com destaque para os fundos direcionados a crédito.
Impactos
A velocidade do aumento da Selic pelo Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central, foi o que mais afetou diversos segmentos, entre eles os de Fundos Imobiliários. Por outro lado, até janeiro, quando a taxa era calculada a 2%, houve um crescimento recorde no número de novos investidores no ativo, segundo comenta Ilan Arbetman, analista de research da Ativa Investimentos.
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Para a casa de análise, a carteira recomendada para novembro é formada por FIIs de recebíveis imobiliários (49%), desenvolvimento (13%), logística (13%), educacional e varejo (10%), terras agrícolas (8%) e varejo (7%).
Para Isabella Suleiman, analista de FIIs da Genial, outubro foi marcado pela perda de credibilidade do teto dos gastos e pela continuação do aumento da taxa de juros. “De forma geral, o segmento de fundo de fundos foi o mais afetado pelas incertezas dos últimos meses, explicadas em partes pelo movimento de venda desses ativos por investidores que migraram seus recursos para a renda fixa, uma vez que estes apresentam risco menor”, destaca em relatório.
Leia o conteúdo completo em: https://einvestidor.estadao.com.br/investimentos/fii-outubro-prejuizo-levantamento/
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