Investir em Imóveis

AHS, braço da MRV, cresce no setor de aluguel residencial nos EUA

O movimento da empresa tem atraído a atenção de investidores que atuavam em outros ramos do mercado imobiliário e passaram a olhar com maior entusiasmo o segmento multifamily

Por: Circe Bonatelli, O Estado de S.Paulo 19/10/2021 2 minutos de leitura
A projeção é atingir o nível de 5 mil apartamentos produzidos por ano a partir de 2022/Crédito: Getty Images

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A AHS, braço do Grupo MRV que trabalha com aluguel residencial nos Estados Unidos, está saindo da pandemia mais forte. Embora os últimos meses tenham sido duros para a economia global, a companhia se deparou com um inesperado aumento na procura de suas moradias tanto por inquilinos quanto investidores.

A demanda aquecida foi a deixa para a incorporadora decidir antecipar metas e acelerar seu plano de negócios, afirma o presidente da AHS, Ernesto Lopes, em entrevista exclusiva para o Broadcast.

A AHS compra o terreno, desenvolve o projeto e constrói o empreendimento. Depois de pronto, aluga os apartamentos, que têm como público-alvo famílias de classe média, como professores, policiais, comerciantes e profissionais autônomos. Lá fora o segmento é conhecido como multifamily.

Uma vez que o condomínio deslancha, a AHS atrai grandes investidores institucionais interessados na compra dos imóveis, que funcionam como uma fonte de renda recorrente por meio de contratos de aluguel corrigidos periodicamente pela inflação.

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Diante do mercado aquecido, a AHS projeta atingir o nível de 5 mil apartamentos produzidos por ano a partir de 2022, algo que estava programado para 2023. A empresa também vê espaço para atingir o patamar de 5 mil unidades vendidas por ano a partir de 2024 ou 2025, e não mais em 2027 como seu plano original.

“A pandemia foi como um ‘black swan’ (cisne negro) que trouxe resultados positivos para nós”, afirma Lopes. A princípio, os locatários de apartamentos da AHS tiveram dificuldade de manter o pagamento do aluguel em dia. Como resposta, a companhia investiu na desocupação rápida do imóvel e locação para outras famílias interessadas.

“Tivemos o trabalho de identificar os inquilinos com dificuldades, perdoar dívida, auxiliar com mudança e liberar o apartamento para quem poderia pagar”, conta o executivo. “E a quantidade de pessoas trocando um aluguel maior por um aluguel menor foi muito maior do que aquelas pessoas incapazes de pagar”.

Como resultado, o valor médio do aluguel subiu de US$ 1.300 subiu para US$ 1.500 em 18 meses de pandemia, uma alta significativa de 15% em um país com tradição de inflação baixa. Os Estados Unidos tinham inflação de 1,4% antes da pandemia e bateram agora a marca de 5,4%. Já o índice que mede a variação dos aluguéis no País, apurado pelo Zillow Group, registrou alta de 9,3% em julho na comparação anual, indicando que a habitação está pressionando a inflação por lá.

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Diante da demanda aquecida, os próximos passos da AHS abrangem o início de obras na Florida, Atlanta e Texas – regiões que estão no seu plano original de expansão – além da prospecção de terreno nos Estados de Colorado, Arizona e Virginia.

Um diferencial da companhia é a atuação de ponta a ponta, desde a compra do terreno até a construção e comercialização, o que gera economia com intermediadores, diferentemente de concorrentes no mercado local que atuam de forma mais segmentada. À medida em que expande suas obras, a AHS vai estudar a compra de uma fábrica de pré-moldados para não ficar dependente de fornecedores.

Leia o conteúdo completo em: https://economia.estadao.com.br/blogs/coluna-do-broad/ahs-braco-da-mrv-cresce-no-setor-de-aluguel-residencial-dos-eua/

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