Quando chega o período de chuvas, as águas podem regar as plantas, mas também podem provocar alagamentos e causar o surgimento de focos mofo na estrutura interna e externa. Não demora muito para que paredes, tetos e até o interior de móveis como armários e gavetas sejam invadidos por manchas e pelo bolor. A reação natural é o incômodo, mas existem práticas simples que ajudam a evitar essa propagação e a combater o fungo.
O mofo é formado por microrganismos que não podem ser vistos a olho nu e se espalham em locais úmidos, com pouca luz e baixa circulação de ar. Ele se multiplica por meio de esporos em ambientes propícios e formam colônias. Além de marcar a pintura, o bolor se espalha pelo espaço e pode ser inalado pelos moradores da casa, causando espirros, tosse, obstrução nasal, falta de ar e outros danos ao sistema imunológico.
O faxineiro e influenciador Guilherme Gomes, do @diariasdogui, conta que encontra mofo com frequência nas casas em que faz limpeza. “No Amazonas, o clima quente não permitia a proliferação como nas moradias que encontro aqui em São Paulo. É algo que vejo em quase toda residência”, relata.
Para ele, é preciso observar esse aspecto com atenção, principalmente em lares com crianças. “Tem gente que acha que é frescura, mas o mofo contribui para a piora de problemas respiratórios, como asma, rinite ou sinusite. Além de causar reações alérgicas pulmonares”, alerta Guilherme.
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Aumentar a circulação de ar no ambiente torna o espaço bem menos propício para que a umidade se propague. “A melhor forma para evitar o mofo é deixando o local sempre limpo e ventilado”, aponta Guilherme. “Deixe as janelas sempre abertas. O sol é um grande aliado”, orienta.
Em alguns casos, o surgimento da umidade é decorrente de problemas estruturais da residência, como vazamento nas lajes, calhas quebradas ou uma telha rachada. “Certifique-se de que as manchas não são o resultado de algum escoamento ou falha do próprio imóvel”, sugere a Gerente de Produtos da Viapol, Solange Olímpio.
Solange defende que a prevenção é mais econômica e simples do que a correção, por isso sugere a impermeabilização como estratégia para combater o mofo. “Se incluirmos a impermeabilização desde a fundação das nossas casas, o custo de estanqueidade é baixo considerando o valor total da obra”, aponta.
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Os especialistas da Viapol estimam que o custo da impermeabilização custa de 1 a 3% do valor da obra, quando fizemos desde a etapa da fundação. Porém, caso isso não seja feito desde a fundação, o percentual pode chegar a 10%. “Invista numa impermeabilização adequada e, quando possível, em um projeto arquitetônico que já contemple a prática”, sugere Solange.
A sugestão dos especialistas é sempre observar e monitorar a casa com olhares atentos. Quando um foco de umidade ou mesmo os primeiros sinais do fungo forem detectados, é importante cuidar o quanto antes.
“Não deixe nada imundo e mantenha uma rotina de limpeza constante. Se mesmo assim surgir um mofo, limpe o local e deixe as cortinas abertas para o sol entrar”, aconselha Guilherme.
O processo de limpar as marcas do mofo nas paredes não precisa ser complexo. Diversos produtos simples podem ser adotados para realizar o procedimento:
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