Poeira, barulho e atrasos. Lidar com uma reforma em casa é uma grande realização para muitas famílias, mas também é um processo que gera bastante dor de cabeça. Isso acontece porque uma obra geralmente é acompanhada por erros que geram atrasos, custos adicionais e expectativas que não são atendidas.
A boa notícia é que estes problemas podem ser evitados se você se preparar previamente para lidar com algumas situações. Do planejamento inicial à escolha dos materiais e a contratação de bons profissionais, confira 10 dicas do que você pode fazer para evitar erros na reforma da sua casa:
Pequenos detalhes são capazes de comprometer todo o andamento da obra e gerar custos adicionais relevantes. Por isso, antes de iniciar a reforma, é crucial dedicar um tempo ao planejamento.
Definir o escopo do projeto, estabelecer um orçamento realista – já pensando numa margem adicional – e criar um cronograma detalhado de toda esta jornada ajuda a evitar surpresas desagradáveis e permite que você tenha uma visão clara do que está acontecendo.
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“É preciso ter um projeto detalhado e um planejamento financeiro bem estruturado com levantamento de quantidades e metragens corretas, além do escopo alinhado com os fornecedores de cada serviço a ser executado”, recomenda Débora Pinheiro, arquiteta do escritório Red Square.
Este é outro problema ligado à falta de planejamento. A recomendação de especialistas é definir um cronograma claro. “Vamos instalar os revestimentos? Então precisamos planejar a compra e a entrega com a loja, além da mão de obra de instalação de cada produto em todos os ambientes definidos no projeto. Tudo isso precisa ser considerado na estimativa de tempo”, exemplifica Pinheiro.
“É preciso gastar mais com planejamento, para economizar com execução depois”, orienta a especialista.
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A velocidade da entrega e os custos adicionais no orçamento estão diretamente ligadas à competência das pessoas que vão tocar a reforma. Portanto, contratar profissionais de qualidade é uma das maiores garantias de que o contratante não vai ter dor de cabeça durante todo o processo.
“Costumo dizer que o melhor cartão de visita é uma obra bem feita”, comenta a arquiteta Renata Nascimento, também do escritório Red Square. “Busque referências, pergunte para amigos e visite algum endereço que ficou pronto para conhecer o trabalho destes profissionais. Não vale escolher um profissional baseado somente no preço”, sugere.
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Isso vale para engenheiros, arquitetos, empreiteiros e os pedreiros que vão tocar toda a obra. Entenda que a experiência prévia destes profissionais é uma garantia de que o trabalho será bem executado.
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Beleza e custo costumam ser os principais aspectos avaliados no momento de escolher os materiais que serão utilizados numa reforma. O problema é que, se essa não for uma etapa realizada com atenção, é possível que o resultado seja justamente um ambiente feio e um processo mais caro.
“Ambientes secos, por exemplo, são diferentes daqueles com umidade, que pedem rejunte acrílico. Já locais com muita movimentação precisam de um rejunte específico. Então, a compra da tipologia certa e a atenção redobrada na aplicação são pontos fundamentais”, pontua a arquiteta Patrícia Miranda, à frente do escritório Raízes Arquitetos.
Parece simples, mas a escolha das cores e dos revestimentos podem gerar alegrias ou frustrações no final do projeto. “Há o risco de ficar diferente do esperado, em razão de fatores como iluminação, por exemplo”, sintetiza Renata. A recomendação neste momento é usar um cantinho da parede para fazer um teste com três tonalidades próximas à cor escolhida previamente.
“Assim, na hora de comprar um volume grande de material, não há chance de trazer a cor errada ou não gostar do tom. Já os revestimentos, aconselhamos a olhar pessoalmente na loja”, orienta.
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Quem é leigo talvez não saiba, mas existem diversos tipos de argamassa para diferentes finalidades. O mesmo vale para o rejunte que será utilizado para preencher os revestimentos cerâmicos. Conferir as instruções do fabricante e a quantidade correta necessária para aderência ajuda a evitar o descolamento dos produtos.
“Também ressalto a importância de contratar aplicadores experientes”, aconselha Patricia. “Sobre o processo, o rejuntamento deve ser acompanhado por uma revisão, pois o próprio revestimento pode absorver a umidade do procedimento e resultar em falhas”, adiciona.
Imagine lidar com todos os custos e dores de cabeça que uma grande reforma gera para depois descobrir que as novidades implementadas são irregulares. Entender a legislação local, ler o Plano Diretor e até conversar com vizinhos podem te tirar de uma enrascada.
Antes de começar a obra, confira se são necessárias autorizações especiais e se o condomínio permite tais mudanças. Além de todo o estresse mental, reformas irregulares podem gerar multas e interrupções.
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Tão ou mais importante que tudo aquilo que está aparente nos imóveis são as instalações escondidas atrás de paredes, tetos e pisos. A estrutura elétrica e hidráulica são responsáveis pelo bom funcionamento da casa, portanto o empreiteiro precisa dedicar um olhar especial para estes aspectos.
Revisar estes pontos e se assegurar de que eles estão bem instalados e de acordo com as normas necessárias podem garantir que você não vai perder mais tempo ou dinheiro no futuro, além de conferir maior segurança ao projeto.
Muita gente esquece, mas toda obra gera resíduos. São sacos de cimento, embalagens de plásticos e restos de reboco, entre muitos outros detritos que precisarão ser descartados.
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Esta é uma etapa que precisa estar presente no cronograma e fazer parte do planejamento inicial do projeto, pois a falta de limpeza e o acúmulo de entulhos geram uma desorganização que pode atrapalhar o fluxo da reforma. A recomendação é que você já combine um dia com as caçambas para programar a retirada do lixo e um local para enviar todo este material excedente.
A informalidade em um canteiro de obras abre brechas para promessas não cumpridas, frustração e um serviço mal feito ou acabado.
“É aquele tipo de situação em que um profissional promete fazer um serviço e atrasa as entregas ou some sem terminar o serviço. E, o pior, muitas vezes o combinado já está pago. Quem nunca viveu essa experiência ou pelo menos conhece alguém que tenha tido esse inconveniente?”, questiona Débora Pinheiro.
Para evitar este inconveniente, faça um contrato que abranja cronogramas, lista de todos os materiais, mão de obra necessária e todas as etapas do projeto, de preferência com datas ajustadas.
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