Entre janeiro e abril deste ano, o número de transações de imóveis na cidade de São Paulo caiu 10%. De acordo com um estudo da proptech Propdo, entretanto, o valor dos imóveis subiu, em média, 2%.
O distrito de Pinheiros, na zona oeste, registrou uma valorização de 14,05%, a maior do período apurado pelo levantamento. O preço do metro quadrado está avaliado em R$ 11.527 na região e 478 vendas foram realizadas no primeiro quadrimestre do ano. O preço médio da venda foi de R$ 1.277.739.
Apesar do valor impactante, o bairro não é o mais caro da cidade entre os 10 locais com mais vendas. Esse título fica com Indianópolis, onde, apesar do m² ser mais barato (R$ 10.925), o preço médio de venda é R$ 1.544.889. A segunda colocação neste ranking fica com o Brooklin, onde o custo de um imóvel ultrapassa os R$ 1,4 mi – mesmo registrando desvalorização nos primeiros meses de 2023.
Dez bairros com mais vendas de imóveis residenciais entre janeiro e abril de 2023:
Publicidade
Bairro | N° de vendas | Preço médio da venda | Preço médio do m² | Variação do preço em relação a 2022 |
Pinheiros | 478 | R$ 1.277.739 | R$ 11.527 | + 14,05% |
Indianópolis | 428 | R$ 1.544.889 | R$ 10.925 | + 5,85% |
Bela Vista | 398 | R$ 481.885 | R$ 7.604 | – 3,01% |
Barra Funda | 369 | R$ 735.220 | R$ 7.423 | + 4,63% |
Brás | 318 | R$ 328.393 | R$ 5.517 | – 0,33% |
Vila Mariana | 311 | R$ 932.881 | R$ 8.947 | – 7,20% |
Santo Amaro | 294 | R$ 964.388 | R$ 7.247 | – 8,31% |
Vila Suzana | 250 | R$ 631.538 | R$ 5.515 | + 2,50% |
Brooklin | 246 | R$ 1.435.294 | R$ 9.711 | – 2,78% |
Perdizes | 242 | R$ 1.088.462 | R$ 8.673 | + 8,94% |
O metro quadrado mais caro de São Paulo, entretanto, não aparece na lista dos 10 bairros com mais imóveis vendidos. Este posto, segundo a Propdo, é do Jardim Europa, cujo valor médio do m² é de R$ 25 mil e a média de vendas em R$ 5,2 milhões. Para efeito de comparação, a média do m² na cidade é R$ 6,2 mil e o preço médio de venda é de aproximadamente 683 mil.
Para Nathan Varda, head da Propdo no Brasil, mesmo dentro de um bairro é possível notar disparidades relevantes. “É importante destacar o aumento na diferença de preços entre propriedades novas e antigas. Comparando apenas em propriedades da mesma região, imóveis novos podem custar até 100% a mais do que os de segunda mão”, indica.
Ele acredita que a diminuição no volume de negócios vai promover uma mudança no cenário brasileiro. “Com a necessidade de vender seus imóveis, os donos deverão se adequar ao poder de compra dos interessados e abrir mão de preços muito altos”, afirma.