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Entenda como moeda digital brasileira viabilizou transferência de prédio comercial em minutos

Pagamento foi realizado utilizando D¥N, moeda digital desenvolvido pela Dynasty Global AG

Por:Breno Damascena 19/07/2024 2 minutos de leitura
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Transação garantiu 19,3% de um empreendimento no Rio Grande do Sul à empresa que desenvolveu a moeda digital utilizada no negócio/ Crédito: May Chanikran/ AdobeStock

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Um prédio de salas comerciais em Porto Alegre, capital do Rio Grande do Sul, protagonizou a primeira aquisição de um ativo imobiliário com moeda 100% digital no Brasil. A Dynasty Global AG realizou o pagamento de 3.482 D¥N, token de pagamento digital desenvolvido da própria companhia, por uma fração de 19,3% da propriedade.

A transação ocorreu por meio da netspaces, plataforma brasileira de gestão de propriedades digitais, e o processo de compra e transferência da propriedade foi realizado em poucos minutos. “É a primeira transação feita digitalmente em tempo real com moeda digital no Brasil”, garante Andreas Blazoudakis, fundador e CEO da netspaces.

 +Plataformas viabilizam primeiro financiamento imobiliário com tokens como garantia

“Este tipo de transação é típica do mundo digital, onde a liquidação ocorre praticamente em tempo real. Também chamada no mercado de  DvP, (delivery versus payment), ela será amplamente utilizada pelo DREX do Banco Central assim que for lançada ao consumidor”, explica. 

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O papel do blockchain e a influência dos cartórios

A celeridade do processo de compra e transferência da propriedade para o nome do comprador é possível por conta da tecnologia de blockchain, uma espécie de livro de registros digital que armazena blocos de dados de forma transparente e imutável. 

O blockchain garante que qualquer transação seja rastreável e assegurada por smart contracts – contratos digitais que automatizam tarefas de verificação de informações, gerenciamento de garantias e processamento de pagamentos.

+ Como funciona a tokenização de um imóvel?

De forma prática, o imóvel é “tokenizado”. Ou seja, cria-se uma representação digital do bem que pode ser vendida, gerenciada, fracionada ou transferida. Este token gerado é representado por um número que é vinculado à matrícula do imóvel para garantir a validade jurídica.

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Essa digitalização permite que o comprador receba a propriedade do imóvel no mesmo instante em que o vendedor recebe o pagamento.

“Digitalizamos o imóvel utilizando um padrão que registra o token na blockchain e na matrícula do imóvel. O registro na matrícula do imóvel é feito no Registro Geral de Imóveis (RGI), utilizando o sistema brasileiro vigente de registros imobiliários”, complementa Andreas.

Mercado internacional

A partir de agora a Dynasty Global AG passará a receber um valor percentual dos pagamentos de aluguel do Edifício Santa Cruz, um prédio com 34 andares construído entre as décadas de 1950 e 1960 em uma região nobre da cidade. 

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Prédio está localizado no Centro Histórico de Porto Alegre e tem suas frações divididas entre 9.034 proprietários / Crédito: Divulgação

Desta forma, o nome da empresa foi adicionado ao registro na blockchain do imóvel, que agora possui 9.034 donos – cada um com suas porcentagens determinadas. 

+ Fim dos cartórios? Como o Drex deve transformar compra e venda de imóveis

A expectativa da companhia é que a transação imobiliária marque o primeiro passo da internacionalização do mercado imobiliário nacional por meio das criptomoedas. “Essa iniciativa tem o potencial de trazer alta liquidez para o mercado imobiliário brasileiro”, antecipa Andreas.

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