Como comprar imóvel na Itália?
Além de visto de permanência e pagamento do depósito de garantia, os estrangeiros interessados devem contar com uma assessoria imobiliária local
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Comprar um imóvel exige muita cautela, principalmente se a propriedade estiver localizada em território internacional. Mas, tomadas as devidas precauções, pode ser um grande negócio adquirir um imóvel na Itália.
O caminho mais indicado é que a pesquisa comece por meio de plataformas digitais. Nelas, o interessado consegue ter acesso a preços, avaliações e informações sobre cada local sem precisar visitá-los – afinal, cada agendamento iria exigir uma viagem transatlântica.
Assim como no Brasil, existem muitas agências imobiliárias que prestam esse tipo de serviço do território italiano: é o caso da Remax e da Gabetti. Mesmo sendo possível fazer a negociação por conta própria, para evitar golpes e outras dores de cabeça o mais indicado é contar com a assessoria de empresas especializadas.
Classificação das casas
A assessoria profissional é importante até mesmo para evitar se enredar em enigmas que só quem conhece os trâmites locais consegue resolver. Um exemplo: aqui do Brasil, é comum que o comprador pesquise seu imóvel considerando o número de quartos. Na Itália, é diferente. As casas lá são classificadas pelo número de cômodos – o que inclui sala, escritórios e solários, além dos quartos. A conta sempre exclui o banheiro e, em algumas regiões, a cozinha.
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Veja como são classificados:
- Monolocale – É equivalente ao que chamamos no Brasil de quitinetes;
- Bilocale – É uma casa de um quarto, normalmente;
- Trilocale – Podem ser casas com um quarto, uma sala e cozinha separados. Ou então, dois quartos e sala com a cozinha juntas;
- Quadrilocale – É como são chamadas as casas de dois quartos.
Custos e taxas
De acordo com os anúncios dos principais sites imobiliários italianos, entre eles Remax Itália, Immobiliare.it e Casa.it, o preço do metro quadrado (m²) varia entre 1.800 e 1.900 euros – a conta é uma média de todo o país. Os mais baratos estão localizados na Calábria, região ensolarada ao sudoeste, com um valor médio de 900 euros por m², seguido pela Molise (1.045 euros/m²) e a Sicília (1.114 euros/m²).
Além destes valores, são acrescentados os impostos e taxas da compra. Na quantia final do patrimônio, é preciso somar o custo do Imposto sobre Valor Agregado (IVA). O IVA correspondente a:
- Imóvel novo: 10% a 20%;
- Imóvel construído de maneira independente: 4%;
- Imóvel usado: 20%.
Além dessa taxa, ainda é preciso pagar os impostos referentes ao registro da propriedade. Geralmente, é cobrada uma taxa de 10% para as moradias urbanas e 17% para as unidades rurais.
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A outra despesa que pode incidir sobre esse montante é aquela relacionada a comissão da imobiliária, que custa em média 1.200 euros.
Requisitos
Os estrangeiros interessados devem apresentar os seguintes documentos:
- Passaporte;
- Codice Fiscale, equivalente ao Cadastro de Pessoas Físicas (CPF) brasileiro;
- Visto de permanência;
- Ter o valor total do imóvel ou conseguir um financiamento;
- Fazer o pagamento do depósito de garantia, entre 10% a 30% do preço do bem;
- Assinar o termo denominado Compromesso, documento que garante a reserva;
- Comprovante de residência e de renda;
- Um procurador no país, caso não consiga se deslocar para assinar os contratos.
Também é recomendado abrir uma conta em um banco italiano, pois alguns proprietários não aceitam transferências internacionais feitas por plataformas como Remessa Online, a TransferWise, e o Paypal. No entanto, para abrir uma conta corrente é fácil, basta apresentar os documentos acima na instituição financeira.
Por fim, para efetivar a compra da propriedade, é preciso fazer a assinatura da escritura, chamada lá de Rogito. Esse documento deve ser assinado diante de um escrivão para que a transação seja legal – seja pelo comprador, seja pelo representante legal.
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Financiamento
Como em qualquer outra região, na Itália existem requisitos necessários para um estrangeiro conseguir ter direito a um crédito imobiliário. São eles:
- Ser residente legal no território há, no mínimo, três anos;
- Ter no máximo 70 anos;
- Ter no mínimo 18 anos;
- Ter um contrato de trabalho a tempo indeterminado (ou seja, ser efetivo);
- Ter um fiador (não são todos os bancos que exigem);
- Ter 20% do valor do imóvel para entrada.
Dependendo da idade ou de circunstâncias específicas do comprador, o prazo para pagamento pode ser de até 40 anos e os bancos normalmente financiam no máximo 80% do valor da moradia. Ou seja, é necessário ter os 20% para a entrada. Será preciso considerar ainda o custo do técnico que faz a vistoria na casa financiada, que cobra em torno de 3.000 euros.
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