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Da tendência ao boom: obras de condomínios residenciais de luxo ocuparam de vez São Paulo

"Desde a pandemia, estamos vivendo o ‘boom’ dos condomínios horizontais, principalmente os de luxo"/ Crédito: contentzilla/AdobeStock
Marcelo Hannud
04-05-2024 - Tempo de leitura: 3 minutos

O desejo de muitas famílias de trocar o apartamento por uma casa com quintal e privacidade nunca foi uma tendência ignorada pelos players do mercado imobiliário. Nos anos pré-2020, por exemplo, assistimos às iniciativas de reformulação de casas de vila na cidade de São Paulo e a uma grande valorização desse tipo de imóvel. 

Se voltarmos ainda mais no tempo, bairros como o Morumbi já foram objetos de desejo por causa da tranquilidade, da proximidade de áreas verdes e pelos terrenos extensos para a construção de grandes casas. Infelizmente, essas tendências acabaram perdendo o apelo por questões de segurança.

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Desde a pandemia, estamos vivendo o ‘boom’ dos condomínios horizontais, principalmente os de luxo. O fenômeno é fruto de uma ressignificação mais profunda de como encaramos as nossas próprias casas. Primeiro, vivemos o período de restrições para sair no auge da Covid-19. Depois, a volta à normalidade se deu com uma nova forma de trabalhar, em que passamos muito mais tempo dentro de casa. Aliado a isso, houve uma recente valorização dos preços no mercado imobiliário, o fez com que a conta do desenvolvimento imobiliário desse tipo de empreendimento passasse a fechar. 

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Hoje, se percorremos alguns quilômetros por dentro das áreas mais residenciais de bairros da Zona Sul e da Zona Oeste da cidade, certamente vamos nos deparar com alguns projetos de condomínios de casas de luxo. O crescimento da demanda é tão substancial que alguns bairros estão inclusive passando por um processo de readequação imobiliária.

É o caso do Jardim Guedala, em que as casas, por serem muito grandes, têm tido seus terrenos utilizados para dar lugar a condomínios com imóveis um pouco menores, mas ainda de luxo e bastante modernos. 

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Nos novos condomínios horizontais, a privacidade e a exclusividade tornaram-se critérios essenciais para os consumidores do segmento. Projetos com poucas unidades e arquitetura autoral são valorizados, assim como a oferta de serviços e comodidades que garantam o conforto e a conveniência dos moradores.

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Em São Paulo, além do Morumbi já citado, há um grande potencial em regiões que oferecem um equilíbrio entre tranquilidade e conveniência. São bairros como Vila Nova Conceição, Jardim Paulistano e Alto de Pinheiros. Além de proporcionar ruas arborizadas e pouco adensamento, essas áreas estão próximas aos centros financeiros e às áreas de lazer da cidade.

O boom dos condomínios horizontais nasce com uma característica particular: ao contrário dos grandes projetos residenciais verticais, um mercado volumoso e consolidado por grandes players do mercado, muitos dos novos empreendimentos de condomínios de casas são empreitadas individuais ou de empresas recém-criadas para explorar o mercado em expansão. Há oportunidades inclusive a preço de custo. 

O momento é de consolidação e favorável para quem quer ocupar esse espaço. Até mesmo o investidor focado no aluguel pode se beneficiar desse momento. O valor por metro quadrado desse tipo de imóvel, quando se pensa em locação, está no mesmo patamar de prédios comerciais em endereços consagrados da cidade. 

Quem deseja uma residência nesses moldes ou pretende investir nesse mercado deve ficar atento a alguns pontos. Como em qualquer ativo imobiliário, localização e preço são fatores-chave. Mas, no caso dos condomínios residenciais, uma nova peça ganha relevância: a qualidade dos projetos. O consumidor desse tipo de imóvel está atento a cada detalhe.

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E, apesar do crescente número de obras na cidade, há mais um ponto que merece atenção: a oferta de casas em condomínios fechados ainda é limitada. Qualquer que seja a sua intenção com esse tipo de imóvel – investir ou adquirir – é importante saber que eles não ficarão disponíveis por muito tempo.