Arquitetura Sustentável

5 coisas que valorizam os imóveis em 2025, segundo especialistas

Plantas espaçosas e área de lazer do prédio impulsionam valores dos imóveis, segundo especialistas/ Crédito: gustavofrazao/ AdobeStock
Redação, Estadão Imóveis
30-05-2025 - Tempo de leitura: 3 minutos

Algumas características costumam interessar à maioria dos compradores de imóveis, como localização, potencial de valorização e segurança. No entanto, cada pessoa tem sua própria ideia do que seria a casa dos sonhos. De olho nestes interesses, o mercado imobiliário tenta se adequar para atender a um público cada vez mais exigente. 

Seja uma cerca branca no quintal, as lâmpadas inteligentes na cozinha ou uma banheira aquecida na suíte, existem critérios particulares que influenciam a decisão de compra. E mesmo a localização pode atrair o comprador por diferentes razões. “É mais do que estar em um bairro desejado”, explica Gustavo Saraiva, cofundador da Dupllex Imóveis, empresa que faz retrofit de coberturas para venda. 

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“O imóvel ideal deve oferecer uma vista livre e definitiva. Especialmente em grandes centros urbanos, como São Paulo”, pontua Saraiva. A infraestrutura do entorno, o acesso a transporte público de qualidade, ciclovias, ruas arborizadas e a presença de comércios nas proximidades também são fatores primordiais relacionados à localização.

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Ainda que desempenhe um papel primário na decisão de compra, a experiência urbana não é o único motivador nesta jornada. “O comportamento do consumidor está evoluindo e percebo mudanças claras nas prioridades de quem busca um imóvel. A pandemia foi um divisor de águas”, aponta Sophia Martins, corretora de imóveis de luxo. 

À pedido do Estadão Imóveis, especialistas no mercado imobiliário de alto padrão em São Paulo apontam quais são as cinco principais características para a valorização de um imóvel, especialmente sob a ótica do investidor que busca liquidez e atratividade no médio e longo prazo. Confira: 

  1. Plantas versáteis e espaços integrados

Martins afirma que o comprador moderno valoriza a flexibilidade de uso dos imóveis. “Plantas que permitem integrar ambientes ou adaptar espaços, como um quarto que vira escritório, ou um living que se abre para uma varanda gourmet, são as mais procuradas. O imóvel não pode ser estático, ele precisa se adaptar às novas dinâmicas familiares e profissionais, como o home office”, pontua.

  1. Segurança e tecnologia

Recursos como sistemas de reconhecimento facial, fechaduras digitais, portaria remota e integração com aplicativos de controle se tornaram obrigatórios no alto padrão. 

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“Os compradores esperam que o imóvel seja inteligente e prático. A tecnologia agrega valor percebido e reduz os custos operacionais do condomínio”, observa Martins.

  1. Infraestrutura do edifício

Saraiva conta que a conservação do prédio pode pesar bastante na escolha dos compradores. “Construções seguras, com estrutura sólida e manutenção em dia são requisitos básicos”, enumera. Além disso, existem algumas características que não são resolvidas com reformas básicas. 

Especialistas citam amplitude dos cômodos e luz solar como fatores importantes na valorização/ Crédito: Syeda/AdobeStock

“Elementos como pé-direito alto e janelas amplas têm grande valorização. Esses aspectos favorecem a entrada de luz natural, melhoram a ventilação e contribuem para uma acústica mais eficiente, tanto no controle dos sons externos quanto no conforto interno”, ilustra Marcus Grigoletto, cofundador da Dupllex Imóveis.

  1. Experiências agregadas

A verticalização das cidades resultou na geração de novas demandas para os investidores. “Não se trata apenas de morar em um espaço bonito, mas de viver bem”, comenta Martins. 

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Esta perspectiva leva incorporadores a desenvolverem imóveis com áreas de lazer que se tornam um chamariz comercial, como coworking, academias, rooftop e lavanderia compartilhada. “Os consumidores não compram apenas metros quadrados, compram um lifestyle”.

  1. Sustentabilidade e eficiência energética

“Cada vez mais, vejo compradores e investidores atentos à eficiência energética, ao uso de materiais sustentáveis, painéis solares, reaproveitamento de água, entre outros elementos verdes”, afirma a corretora de imóveis. “Além de reduzir custos no longo prazo, esse tipo de construção está alinhado às metas ESG, cada vez mais valorizadas por grandes investidores e fundos”.