O Índice Geral de Preços-Mercado (IGP-M) registrou uma alta de 0,31% em abril, segundo dados da Fundação Getúlio Vargas (FGV). O índice, entretanto, acumulou uma queda de 3,04% nos últimos 12 meses.
Conhecida como inflação do aluguel, o IGP-M é tradicionalmente utilizado para nortear o contrato de locação residencial. A tendência, portanto, era que o custo do aluguel caísse. Porém, o movimento que se vê no mercado é justamente o contrário.
+ Por que a queda do IGP-M não deve tornar o aluguel mais barato?
Para se ter ideia, o preço de locação residencial acumula uma alta de 15,19% nos últimos 12 meses, segundo o Índice FipeZAP de Locação Residencial.
Publicidade
O número também é significativamente maior que o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), outro índice utilizado em negociação de contratos de aluguel e que apresenta uma variação positiva de 3,93% no mesmo período.
+ IGP-M, IPCA ou negociação direta: como fazer o reajuste de aluguel?
Para Paulo Feldmann, professor da FIA Business School, o contraste entre a alta do aluguel e a queda do IGP-M é justificado pelo superaquecimento do mercado. “Os proprietários não vão aceitar negociar o valor do contrato com base no índice. Se um locador aceitasse adaptar seu valor ao IGP-M, ele teria visto o aluguel despencar no último ano”, comenta.
Portanto, a tendência é que a queda do índice seja um tópico debatido no próximo reajuste. “Esta é uma questão que vai gerar muito debate. Tanto proprietários quanto inquilinos devem querer conversar”, acrescenta o economista.
Publicidade
+ 5 dicas para economizar na hora de escolher um aluguel