Aluguel

Aluguel residencial cresce e venda de imóveis usados cai em SP

Pesquisa do Creci-SP aponta alta de imóveis alugados e queda no número de inquilinos inadimplentes em 2019

Por: Da Redação 01/11/2019 3 minutos de leitura
Levantamento verificou que os preços de venda dos imóveis registraram em agosto a segunda maior alta do ano (4,71%)/ Foto: iStock

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A procura por imóveis residenciais cresceu pelo terceiro mês seguido e a inadimplência foi a mais baixa do ano em agosto. A pesquisa, feita pelo Conselho Regional de Corretores de Imóveis do Estado de São Paulo (Creci-SP), ouviu 959 imobiliárias de 37 cidades. Os números revelam que o total de imóveis alugados em agosto correspondeu a um aumento de 5,37% sobre julho. De janeiro até agosto de 2019, a alta acumulada é de 23,51%. Já o índice de inadimplência no período foi de 4,6% sobre o total de contratos em vigor nas imobiliárias.

Segundo o presidente do Creci-SP, José Augusto Viana Neto, os resultados da pesquisa são positivos, mas a queda no número de inquilinos com o aluguel atrasado merece destaque. “Inadimplência em queda é boa notícia, porque indica que as famílias que moram de aluguel estão conseguindo, de alguma forma, honrar esse compromisso financeiro, o que traz alívio aos donos de imóveis neste momento de estagnação econômica e desemprego elevado”, afirma ele. O levantamento também verificou que os preços de venda dos imóveis novos e dos imóveis usados registraram em agosto a segunda maior alta do ano, de 4,71%, o que elevou para 7,62% o aumento acumulado este ano.

A pesquisa do Conselho apurou ainda que 61,9% dos imóveis alugados eram apartamentos e 38,1% casas, e que o aumento de 5,37% foi resultado da alta verificada nas quatro regiões que compõem o levantamento: Capital (+ 4,14%), Interior (+ 1,82%), Litoral (+ 6,92%) e as cidades de Santo André, São Caetano, São Bernardo do Campo, Diadema, Guarulhos e Osasco (+ 13,54%). Casas e apartamentos com aluguel mensal de até R$ 1.000 representaram 51% do total de novos contratos, a maioria deles (47,63%) tendo o fiador pessoa física como garantidor do pagamento em caso de inadimplência dos inquilinos. As outras formas de fiança adotadas foram o depósito de três meses do aluguel (23,25%), o seguro fiança (14,31%), a caução de imóveis (10,9%), a locação sem garantia (2,2%) e a cessão fiduciária (1,72%).

Os proprietários dos imóveis alugados pelas 959 imobiliárias pesquisadas em agosto concederam descontos de 10,03% em média sobre os aluguéis inicialmente pedidos para as casas e apartamentos localizados em bairros de regiões nobres. Os descontos foram ainda de 10,31% para os de regiões centrais e de 11,33% para os de bairros de periferia. Os bairros centrais concentraram 69,26% das novas locações, distribuindo-se as demais entre os bairros de periferia (22,25%) e os nobres (8,49%). As 2.908 imobiliárias pesquisadas em agosto receberam casas e apartamentos de inquilinos que desistiram de continuar com a locação por motivos financeiros (44,29%) ou outras razões (55,71%). Esse número representa 81,67% do total de novas locações contratadas em agosto.

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Vendas de imóveis usados

O mercado de imóveis usados no Estado de São Paulo registrou queda de 4,98% em agosto comparado a julho, mas segue com resultado positivo no ano, acumulando saldo de 39,05%. O levantamento do Creci-SP registrou a venda de 61,9% em apartamentos e 38,1% em casas. As vendas cresceram na Capital (+ 15,92%) e nas cidades de Santo André, São Caetano, São Bernardo, Diadema, Guarulhos e Osasco (+ 10,29%). Foram menores, na comparação com julho, no Interior (- 32,22%) e no Litoral (- 0,96%). Os imóveis mais vendidos em agosto no Estado, com 53,7% do total negociado pelas imobiliárias pesquisadas, foram os que custaram aos compradores até R$ 300 mil. A divisão das unidades vendidas por faixas de preços médios mostrou que 52,29% se enquadraram nas faixas de até R$ 4.000 o metro quadrado.

Os descontos que os donos dos imóveis concederam sobre os preços originais de venda foram em média de 8,09% para casas e apartamentos localizados em bairros de áreas nobres das cidades pesquisadas; de 8,57% para os bairros centrais; e de 7,94% para os bairros de periferia. As vendas feitas com pagamento à vista somaram 51,06% do total, segundo a pesquisa do Conselho, enquanto que as realizadas com financiamento bancário totalizaram 43,12%. Houve ainda vendas com pagamento parcelado pelos donos dos imóveis (4,23%) e por carta de consórcios imobiliários (1,59%).

O estudo Creci-SP foi realizado em 37 cidades do Estado de São Paulo. São elas: Americana, Araçatuba, Araraquara, Bauru, Campinas, Diadema, Guarulhos, Franca, Itu, Jundiaí, Marília, Osasco, Piracicaba, Presidente Prudente, Ribeirão Preto, Rio Claro, Santo André, Santos, São Bernardo do Campo, São Caetano do Sul, São Carlos, São José do Rio Preto, São José dos Campos, São Paulo, Sorocaba, Taubaté, Caraguatatuba, Ilhabela, São Sebastião, Bertioga, São Vicente, Peruíbe, Praia Grande, Ubatuba, Guarujá, Mongaguá e Itanhaém.

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