Com foco em investidores, mulheres se unem para lançar prédio residencial no Butantã
Empreendimento terá 110 apartamentos com metragem de 35 m² a 42 m²
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Assim como em vários outros setores do mundo corporativo, as mulheres travam uma batalha contra os números no mercado imobiliário. São poucas em cargos de liderança nas grandes empresas e mais raras ainda à frente de incorporações. Para driblar as estatísticas, um grupo de profissionais se uniu para liderar o lançamento de um prédio desenvolvido apenas por mulheres na cidade de São Paulo.
O empreendimento é realizado pelo Capital Concreto, uma incorporadora que capta dinheiro negociando cotas junto a investidores pessoas físicas. Fundada há seis anos, a empresa está à frente de projetos em São Paulo, Rio de Janeiro e Santa Catarina. Mariana Menezes é co-fundadora da companhia e diz que a ideia de um empreendimento conduzido apenas por mulheres tenta promover uma revolução no setor.
“Não queremos levantar uma bandeira ativista, mas, sim, mostrar a capacidade de cada uma. Temos homens envolvidos no projeto, porém eles estão apenas dando suporte”, pontua Mariana, que encabeça o empreendimento ao lado de Sophia Martins, Andressa Spenciere, Lisa Dossi, Juliê de Mattos e Juliana Ambrosio.
Em meados de julho, o projeto foi apresentado a investidores com cotas à venda por R$ 7.500. Cada interessado poderia comprar até 5 cotas. “Nossa primeira rodada de captação tinha 350 cotas”, calcula Mariana.
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E o apelo para a democratização do setor vem dando resultados. O empreendimento batizado de R.496 se destaca dos outros lançamentos da incorporadora pela alta participação feminina. Segundo a Capital Concreto, as mulheres correspondem, em geral, a apenas 15% das cotas de empreendimentos liderados pela companhia. Neste projeto específico, a proporção de mulheres saltou para 44%.
Locação short stay
Com arquitetura assinada pela Triptyque, o R.496 será erguido no Butantã, zona oeste de São Paulo, nas proximidades da estação de metrô do bairro. Será um prédio de 11 andares que vai abrigar 110 apartamentos com metragem de 35 m² a 42 m².
Com previsão de lançamento para 2025 e entrega em 36 meses, o empreendimento surfa um mercado cada vez mais consolidado no setor: o de investidores para curta temporada. São edifícios desenvolvidos já visando atender as expectativas de investidores imobiliários que desejam disponibilizar estes imóveis para locação residencial.
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O prédio apresentando pelo grupo de mulheres se encaixa neste objetivo. “É um espaço desenhado com piscina, coworking e outras áreas de lazer e sustentabilidade. Ele vai atender quem quer morar, mas, também, quem vai se hospedar”, contextualiza Mariana.
A expectativa é de que o projeto alcance R$ 30 milhões dos investidores para colocar o edifício de pé. E a previsão é de que o Valor Geral de Vendas (VGV) ultrapasse os R$ 100 milhões.
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