Morar Com The New York Times

Uma volta pela casa: Arno Brandlhuber

O arquiteto e urbanista reafirma sua lógica colaborativa na casa de Potsdam, a 15 minutos de Berlim

Por: Redação 17/10/2019 1 minuto de leitura
Brandlhuber e seus amigos abriram as janelas de assinatura na fachada da casa com marretas/ Crédito: Simon Watson

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O grande bloco de concreto cinza se destaca na bela paisagem entre lagos. A construção em forma de cubo, que fora uma fábrica de roupas femininas íntimas na década de 1980, agora é uma residência de apoio para Arno Brandlhuber. Depois que o muro de Berlim foi derrubado, em 1989, os ricos alemães compraram e reformaram as mansões desbotadas ao redor da região dos lagos, tornando a arquitetura da cidade de Potsdam em monumentos do imponente passado prussiano da Alemanha, uma grande demonstração do urbanismo pós-moderno de Berlim.

A casa de Brandlhuber, no entanto, fica ao lado de uma fileira de casas modestas ao longo do lago Krampnitz, fora da região central. O arquiteto aproveitou a estrutura de 500 metros quadrados para uma nova residência, quase como um lembrete da recente história totalitária na região. É também a afirmação de sua própria estética que o contexto seja condenado. O profissional de 51 anos é conhecido no mundo da arquitetura alemão por seu carinho pelos feios, descartados e minimalistas. A “Antivilla” feita por ele se parece menos com uma casa do que com uma obra de arte monumental.

Quando Brandlhuber comprou o local, em 2012, para usar como sua casa de fim de semana, resolveu não mexer muito na fachada. Mas em um sábado, ele e um grupo de amigos passaram o dia quebrando partes das paredes e abrindo buracos irregulares com marretas, obtendo quatro grandes aberturas. Brandlhuber então colou vidro no interior, transformando-as em janelas funcionais. “Gostei que a forma fosse feita pelo grupo e não pelo indivíduo”, afirma em entrevista para o The New York Times. “Na arquitetura, o processo criativo geralmente termina com o desenho final. Então você apenas o executa.” À noite, quando os prédios são iluminados por dentro, a estrutura parece sinistra e levemente sobrenatural, uma nave espacial do futuro feita com os materiais do passado modernista da Alemanha.

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