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Summit Imobiliário 2021 debate o futuro do setor

Encontro reúne especialistas para discutir desafios do mercado, cenário econômico atual e perspectivas para o futuro

Por:Rafael Moura 26/10/2021 4 minutos de leitura
Incerteza com a economia, impacto no mercado imobiliário e inovação do setor em meio a pandemia estiveram entre os principais pontos/ Crédito: Divulgação

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Abrindo o debate do Summit Imobiliário 2021, o diretor-presidente do Estadão, Francisco Mesquita Neto, cumprimentou os patrocinadores, palestrantes e convidados, reforçando que a programação traz debates fundamentais para o setor. “Entender como a inflação e os juros  em tendência de alta vão impactar os negócios imobiliários é um dos grandes objetivos da edição do Summit 2021.” Mesquita lembrou como o setor é um importante pilar de geração de renda e empregos no País e apresentou números que mostram a pujança, mesmo com a pandemia de covid-19. 

“A previsão do Secovi-SP é que em 2021 sejam lançadas de 70 a 72 mil unidades de habitação, o que representa aumento de 20% em relação ao ano passado. As vendas podem crescer ainda mais, chegando a 26% de alta. Lançamentos de agosto somaram 7 mil unidades residenciais novas na capital, 11% mais que em julho. Desta forma, o mês de agosto tornou-se o segundo melhor na série histórica”, afirma. 

No entanto, o quadro político econômico tem alimentado inseguranças nos agentes econômicos. “O cenário volátil afeta os negócios e consequentemente o público mais pobre. Por isso, o controle das contas públicas é tão importante para todos, ainda mais às vésperas de uma eleição. Nesse sentido é que as autoridades monetárias precisam continuar se esforçando para fazer com que os índices inflacionários sejam mantidos dentro da meta.”

Basílio Jafet, presidente do Secovi-SP, destaca que a indústria imobiliária representa 8% do Produto Interno Bruto (PIB) nacional, ficando atrás apenas do agronegócio, com forte influência nos investimentos e geração de empregos, principalmente das camadas sociais mais pobres, com 6 milhões de contratações diretas na construção civil e 5 milhões de contratações indiretas, somando 11 milhões. “E, mesmo durante a pandemia, o setor conseguiu manter 600 mil chefes de família remunerados em São Paulo, já que o serviço foi classificado como essencial.”

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Para Jafet, existe a possibilidade de acomodação das vendas, mas a taxa de juros continua aumentando e especula-se que na próxima reunião do Copom a taxa Selic aumente de 1,25% a 1,5%, o que indica que a inflação pode se manter em um patamar mais alto juntamente com os juros. “Não é bom para nosso mercado. As prestações aumentam. A economia não deve melhorar em 2022, por ser um ano difícil, calendário eleitoral, sujeito a chuvas e trovoadas, mudanças de expectativa. O Brasil não anda em curvas suaves”, afirma.

Crescimento e inovação

O Governador de São Paulo, João Dória Júnior, esteve presente remotamente falando sobre a importância do Summit Imobiliário e dos debates sobre o tema. “O mercado imobiliário é uma das grandes forças da economia de São Paulo e do País.” O setor trabalha diretamente em três frentes do governo: a primeira, construindo unidades de habitações populares junto da Secretaria da Habitação, a segunda as obras de infraestrutura que gera empregos e desenvolvimento e a terceira fortalecendo a economia do Estado, atraindo investimentos nacionais e internacionais. 

“São Paulo está batendo recorde de lançamentos e vendas de imóveis, refletindo na geração de empregos. De janeiro a agosto de 2021, 713 mil empregos formais foram criados na cidade, sendo 36% de todos os empregos gerados no Brasil”, afirma Dória. O Governador ainda apresentou dados da Fundação Seade da Universidade de São Paulo, mostrando que o PIB do Estado deve crescer 7,5% em 2021.

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Francisco Mesquita Júnior comemorou o sucesso da nova versão do formato impresso do Estadão e o apoio dos parceiros do setor imobiliário com recorde de páginas de anúncios publicitários no jornal. “Assinantes estão aprovando o novo design das páginas, novo formato e os novos conteúdos, tornando o Estadão cada vez mais uma empresa jornalística multiplataforma para atender nossas audiências”, finaliza.

O painel “Mercado imobiliário digital e inovador: por que fazer diferente?”, trouxe entre os convidados o diretor do Estadão Imóveis, Guilherme Paiva, para falar sobre novas propostas de levar conteúdo de qualidade aos leitores e fazer a ponte com os anunciantes durante a pandemia — momento que impediu o público de vivenciar a experiência de conhecer pessoalmente os lançamentos na cidade de São Paulo.

Guilherme Paiva, diretor do Estadão Imóveis, durante o Summit Imobiliário 2021

“Um exemplo é o case do nosso time de marketing, que percebeu essa necessidade no início, com o isolamento social. Surgiu a ideia de enviar óculos interativos para pessoas que manifestaram interesse em determinado empreendimento, para que pudessem ter a experiência do showroom sem precisar sair de casa, com selo do Estadão garantindo conteúdo de qualidade, segurança e higienização adequada do material”, comenta.

Segundo Guilherme, trabalhar em uma empresa com grande reputação e tradição aumenta a responsabilidade e exige cuidado no momento de inovar, já que aumenta o receio de errar, “porque o deslize não pode ter proporções a ponto de causar algum ruído à imagem e credibilidade da empresa”. O Summit Imobiliário 2021 contou com o repórter especial da Agência Estado, Circe Bonatelli, que mediou os 5 painéis.

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