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São Paulo: Imóveis pequenos ficam mais caros e vendem mais

Apesar de crescimento nas vendas, imóveis pequenos ainda são menos relevantes na capital do que imóveis maiores/ Crédito: Marcelo Gallio/AdobeStock
Redação, Estadão Imóveis
03-02-2025 - Tempo de leitura: 2 minutos

Enquanto analistas argumentam que São Paulo lida com uma fartura de estúdios, o crescimento nas vendas indicam que o ambiente deve continuar prolífico para este tipo de imóvel. Apartamentos e casas com até 90 m² de área total registram uma alta de 9,4% nas vendas em 2024. Ao todo, foram 9.567 transações, segundo um levantamento da Loft. 

O estudo, realizado com base em dados da Prefeitura a partir de 133 mil transações imobiliárias entre 2023 e 2024, indica que o Tucuruvi aparece no topo do ranking de compra e venda. O bairro da zona norte registrou 322 transações no ano, um aumento de 22% em relação ao ano anterior. Em seguida, aparecem Itaquera, com 312 vendas, e a Penha, com 254.

Chama atenção a discrepância de valores de acordo com a região. Enquanto na Cidade Tiradentes, um imóvel de até 90 m² custa, em média, R$ 105 mil, um imóvel com as mesmas condições em Moema Pássaros custa R$ 886 mil.  

Estes são os 10 bairros com os imóveis pequenos mais caros de São Paulo: 

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  1. Moema Pássaros: R$ 886.560,00
  2. Itaim Bibi: R$ 697.500,00
  3. Jardim Paulista: R$ 659.325,00
  4. Vila Madalena: R$ 621.788,00
  5. Alto da Lapa: R$ 596.800,00
  6. Pinheiros: R$ 589.480,00
  7. Vila Olímpia: R$ 575.240,00
  8. Brooklin: R$ 548.775,00
  9. Moema Índios: R$ 509.652,00
  10. Campo Belo: R$ 492.606,00

Estes são os 10 bairros com os imóveis pequenos mais baratos de São Paulo: 

  1. Cidade Tiradentes: R$ 105.637,00
  2. Iguatemi: R$ 163.159,00
  3. José Bonifácio: R$ 164.707,00
  4. Lajeado: R$ 176.339,00
  5. Guaianases: R$ 182.329,00
  6. Sé: R$ 191.466,00
  7. Itaim Paulista: R$ 212.645,00
  8. Brasilândia: R$ 214.848,00
  9. República: R$ 225.240,00
  10. Perus: R$ 230.961,00

Imóveis grandes em destaque

Apesar do crescimento e encarecimento dos imóveis pequenos, o mercado imobiliário de São Paulo ainda é dominado pelas grandes propriedades. São eles que lideram o crescimento de vendas e a valorização na capital paulista. Segundo o levantamento da Loft, os imóveis com metragens acima de 140 metros quadrados totalizaram 51.215 mil transações em 2024. 

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O número representa uma alta de 18,8% em relação a 2023. Em comparação, os imóveis com menos de 90 m² registraram alta de 9,4%, somando 9.567 transações, enquanto as transações de imóveis médios subiram 6,3%, totalizando 10.605 no mesmo período. 

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O ticket médio dos imóveis maiores também subiu em 2024 e chegou à média de R$ 863 mil, mas em algumas regiões os imóveis ultrapassam os milhões de reais. Enquanto isso, o ticket médio dos apartamentos menores valorizou 4,3%, chegando a uma média de R$ 341 mil. Neste período, apenas o tipo médio registrou uma queda, de 3,1%, no valor dos imóveis. 

“Os imóveis menores, que tendem a ser mais baratos, foram impulsionados pelo Minha Casa, Minha Vida. Os maiores, de ticket médio mais alto, cresceram em linha com o aquecimento forte do segmento de alto padrão”, justifica Fábio Takahashi, gerente de dados da Loft. 

Para ele, o cenário mais desafiador é o da classe média, dependente de financiamento imobiliário. “As taxas de juros chegaram a cair em 2024, mas não como muitos especialistas esperavam”, pontua.