O preço de venda de imóveis comerciais no Brasil registrou um pequeno aumento de +0,04% no mês de setembro, o que indica o momento de estabilidade do setor. Enquanto Curitiba (+1,05%), Salvador (+0,74%) e São Paulo (+0,26%) apresentaram crescimento, Rio de Janeiro (-0,64%), Porto Alegre (-0,24%) e Campinas (-0,17%) puxaram a média para baixo, de acordo com o Índice FipeZAP+.
O levantamento analisa os valores de salas e conjuntos comerciais de até 200 m² em 10 cidades monitoradas pela instituição. Para Pedro Tenório, economista do DataZAP+, a tendência de estabilidade do mercado de vendas de imóveis comerciais é justificada pelas inseguranças do setor. “Comprar um imóvei é um investimento de longo prazo, mas hoje, você não tem certeza do quanto ele vai valer no futuro”, comenta.
“É um ano de eleição polarizada, de crise internacional e muitas indefinições. Apesar do momento atual ser positivo para os comércios por conta da toada de recuperação da pandemia – o que justifica o aumento no valor dos aluguéis de imóveis comerciais –, ainda existe bastante incerteza e ela impede que o cenário ganhe tanta força”, acredita.
Mesmo com o crescimento tímido, São Paulo continua continua sendo a cidade com o m² de imóvel comercial mais caro do Brasil (R$ 9.871). Logo atrás aparece o Rio de Janeiro (R$8.884), com uma diferença de quase R$ 1.000, apesar de Leblon (R$ 28.827 /m²) e Ipanema (R$ 23.262 /m²) serem os bairros mais caros do país. O top 5 é completo com Florianópolis (SC), Curitiba (PR) e Niterói (RJ).
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Em São Paulo, o valor mais caro é encontrado nos Jardins, onde o preço do m² custa, em média, R$ 12.234. Enquanto isso, quem deseja comprar um imóvel comercial no Itaim Bibi precisa de, em média, R$ 12.032 para cada metro quadrado. Em terceiro lugar na capital, aparece a Vila Olímpia (R$ 11.991/m²).