Desafios pressionam construção civil a adotar tecnologia e novos modelos de gestão, diz executivo
Cristiano Gregorius defende que setor precisa inovar para continuar crescendo

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Apesar do crescimento apresentado pelo mercado imobiliário brasileiro nos últimos anos, o setor enfrenta um momento crítico, entende Cristiano Gregorius, diretor executivo da Softplan. “Os modelos vigentes de gestão são insuficientes para lidar com o atual cenário”, alerta o executivo, ao afirmar que o setor nunca esteve tão sensível a fatores como a macroeconomia e mudanças tecnológicas.
Durante o painel de abertura do Construsummit 2025, Gregorius disse, diante dos desafios que se apresentam para o setor, é necessário implementar inovações em toda a jornada de incorporação. O evento, que acontece nos dias 4 e 5 de junho em Florianópolis (SC), deve reunir mais de 2 mil pessoas ao promover debates sobre o presente e o futuro do mercado imobiliário.
Para Gregorius, o encontro de grandes players é importante porque o setor vive um momento de inflexão. Da dificuldade de acesso ao crédito subsidiado à diminuição na velocidade de crescimento da população, passando por juros altos e alto custo da cadeira de suprimento, as construtoras precisam adotar novas tecnologias e transformar os modelos de gestão.
“A indústria da construção nunca foi impactada por tantos fatores externos de forma simultânea e de maneira tão profunda”, comenta.
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+ A crise da mão de obra no mercado imobiliário
Entre os principais desafios do setor, ele enumera, estão a inflação persistente, a escassez da mão de obra, o funding imobiliário, a reforma tributária e a mudança no perfil de compra da população. “O envelhecimento dos brasileiros coincide com a chegada de uma nova geração de compradores, que consomem imóveis de uma nova forma”, ilustra.
Símbolos do futuro
Ao mesmo tempo que a construção civil se vê encaixotada por tantos desafios, Gregorius afirma que também nunca houve tantas ferramentas para enfrentá-los. “Entre 2002 e 2024, a indústria da construção brasileira cresceu cerca de 5 vezes. O crescimento representa uma evolução enorme, mas há espaço para ganho de eficiência. E isso passa pela adoção de tecnologias”, antecipa.
O futuro que as incorporadoras antecipavam, ele entende, já começou. Porém, muitas delas ainda não perceberam porque estão presas à rotina do cotidiano da operação.
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“É um momento de transição entre tudo o que construímos como base das nossas empresas e esta nova fase, em que o uso estratégico de tecnologias como a inteligência artificial se torna fundamental. Essa jornada vai transformar todos os negócios imobiliários nas próximas décadas”, diz.
O repórter viajou ao Construssumit 2025 à convite da Sienge, organizadora do evento
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