A gestora de recursos Brio Investimentos, especializada no setor imobiliário, está preparando um novo fundo. Desta vez, a casa fará sua estreia no segmento de crédito podre (dívidas vencidas e não pagas), que atendem pelo nome formal de non-performing loans (NPLs, na sigla em inglês).
Para essa jornada, a Brio iniciou a captação de até R$ 100 milhões em um fundo de direitos creditórios (FIDC).
A gestora, que trabalha com financiamento de construtoras e permuta de terrenos, não vai olhar apenas o seu setor de origem, mas todos os tipos do chamado créditos podres, com preferência para modalidades de financiamentos que tenham ativos imobiliários ou rurais como garantia.
O foco está na compra cirúrgica de pequenas carteiras, em operações de R$ 5 milhões a R$ 40 milhões, que são pouco visadas pelas grandes empresas do ramo.
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Conhecidos como títulos podres ou crédito podre, no inglês chamados de junk bonds ou high yield bonds, títulos podres e títulos de alto rendimento é a denominação utilizada para se referir a títulos de dívida que são considerados ativos financeiros de baixa qualidade já que existe uma boa chance de o emissor do papel não pagar aos investidores que o compraram.
Esses títulos pertencem a uma categoria de caráter especulativo e possuem elevada classificação de risco.
Diante dos problemas da economia brasileira – marcada por inflação, juros e desemprego elevados – a inadimplência contaminou muitas operações de crédito e abriu uma oportunidade de mercado.
Apesar do nome aparentemente pejorativo, a comercialização do segmento de crédito podre é uma forma de desonerar bancos e empresas que carregam as dívidas vencidas em seus balanços e precisam manter provisões.
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Por parte da compradora, é possível ganhar dinheiro na recuperação da dívida principal, ainda que via oferta de descontos aos inadimplente.
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https://economia.estadao.com.br/blogs/coluna-do-broad/gestora-brio-do-ramo-imobiliario-vai-entrar-em-mercado