O Minha Casa Minha Vida é um programa habitacional já bem conceituado em todo o País. Há uma década, a iniciativa vem ajudando os brasileiros com renda inferior a R$ 9 mil a comprarem a casa própria como juros mais baixos e subsídio do governo. Por ter este cunho social, é comum associarem a iniciativa com imóveis econômicos. Mas a verdade é que, atualmente, algumas incorporadoras incluem nos projetos características de alto padrão.
“Além da localização privilegiada, próxima ao metrô ou ponto de ônibus, os empreendimentos Minha Casa Premium da construtora têm lobby com pé direito duplo, piscina com deck molhado (área rasa dentro da piscina com espreguiçadeiras), academia ampla, praça contemplativa, bicicletário, brinquedoteca, sala de cinema, coworking, salão de jogos, lavanderia coletiva e decoração feita por arquitetos renomados”, destaca Luciano Amaral, diretor-geral da Benx na linha.
A construtora já lançou até hoje nove condomínios com mais de 2.000 unidades com estes atributos. E conta que a meta é fazer de 2.000 a 3.000 unidades por ano. O plano para 2019 é lançar empreendimentos nos bairros Vila Mariana, Chácara Santo Antônio, Santana e Tatuapé.
E para a alegria de quem busca imóveis com custo mais baixo sem abrir mão da qualidade de vida, a Benx não é a única a erguer no País apartamentos de alto padrão direcionados para as faixas do programa. A Porto Engenharia escolheu a cidade de Caruaru, no agreste pernambucano, para construir o seu conceito de “moradia habitacional plus”.
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O empreendimento batizado de Multiporto Indianópolis vai reunir em um só endereço residências, espaço para trabalho e comércio. Trata-se do primeiro Minha Casa Minha Vida de Pernambuco de alto padrão. O empreendimento será vizinho do Caruaru Shopping, Senac e da faculdade Unifavip. Conta ainda com arquitetura assinada pelo escritório Gama.
Os apartamentos têm planta flexível. O destaque será a instalação de um teto verde (ecotelhado), em projeto assinado pelo paisagista Marcelo Kozmhinsky. O profissional tem iniciativas pioneiras em Recife, como o telhado do prédio da Softex, no Recife Antigo. O novo empreendimento vai contar com reaproveitamento de águas cinzas (do banho, da pia e lavagem de roupas) e dois bicicletários, sendo um público e outro para os moradores. Os apartamentos vão custar a partir de R$ 159 mil até R$ 186 mil.
Outro patrimônio nesta linha será entregue em dezembro deste ano em Vitória (ES), pela Soliddo Construtora. A proposta do Residencial Porto d’Aldeia traz um conceito diferenciado para o segmento econômico: cada bloco de 16 unidades terá um elevador dedicado, mesmo os blocos com quatro andares – o empreendimento será o único do segmento no Estado com essa comodidade.
Além disso, as unidades serão entregues com piso laminado nos quartos e porcelanato nos demais ambientes. Já na cozinha, as bancadas em granito terão 4,70 metros, praticamente quatro vezes a média para o segmento, e nos banheiros, que costumam ser entregues apenas com pias de cerâmica, também será instalada bancada de granito. Os apartamentos vão custar entre R$ 159 mil até R$ 202 mil.
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Com dez anos de funcionamento, o programa Minha Casa Minha Vida (PGMCMV) já atendeu cerca de 15 milhões de pessoas. O número representa 7% da população brasileira, que teve acesso a subsídios de imóveis ou facilitação às condições de pagamento da casa ou apartamento.
Além de promover o sonho da casa própria, o projeto também tem importante papel na atividade do mercado imobiliário. De acordo com a Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), o programa respondeu por 51% dos lançamentos imobiliários no terceiro trimestre de 2018. Os lançamentos totalizaram 21,4 mil unidades habitacionais no período de julho a setembro de 2018, um crescimento de 30,1% em relação ao terceiro trimestre de 2017.
O sudeste teve o maior número absoluto de lançamentos, com 12,9 mil unidades, uma expansão de 16,3% na comparação com o registrado entre julho e setembro do ano passado. Já a região sul teve o maior número proporcional de unidades lançadas pelo Minha Casa Minha Vida. Das 3,7 mil moradias verificadas no trimestre, 2,3 mil saíram pelo programa habitacional. A região norte teve a menor participação do Governo Federal. Foram 940 unidades pelo mercado e 288 pela política habitacional em 2018.