O futon é um daqueles materiais que impressionam pela versatilidade. Além de proporcionar um lugar de descanso, ele é capaz de transformar a decoração do ambiente e transformá-lo em um espaço mais aconchegante. Confira neste texto como utilizar o futon na decoração.
Que tal ter um pedacinho da cultura japonesa em casa? O futon está ligado à tradição nipônica e lá essa palavra é usada para designar um tipo específico de objeto composto pelo colchão e pelo edredom, que ficam posicionados no chão.
No Brasil e em outros países ocidentais, o termo é utilizado para indicar um colchão flexível feito com fibras de algodão ou sintéticas que geralmente possuem de 5 a 8 cm de espessura. Tradicionalmente, eles têm o mesmo tamanho de uma cama de solteiro, apesar de existirem tipos que se assemelham a uma cama de casal.
Porém, o maior diferencial do futon japonês é a flexibilidade. Pela espessura do material, os futons podem ser dobrados facilmente, o que permite que sejam, por exemplo, guardados durante o dia – uma vantagem para quem vive em apartamentos pequenos.
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A intersecção entre a herança japonesa e a cultura ocidental resultou na criação de uma série de tipos de futons que hoje são adotados na decoração, entre vários tamanhos e disposição no ambiente.
“Atualmente são vários os estilos. Você já consegue personalizar 100% e fazer em tapeçaria. Dá para escolher a espuma, os tipos de costura e acabamentos diferentes”, comenta a arquiteta Monike Lafuente, do Studio Tan-gram. “Existem futons com estilo marroquinos e com pontos capitonê. Você pode escolher até se quer futons separados ou se quer ter um inteiriço”, acrescenta.
Tipos de tecido
Lafuente pontua que os tecidos mais usados para a confecção são a lona, lonita, sarja, ecolona, linho e veludo. “Dentro desses estilos, existem inúmeras marcas e tipos. Uns são mais macios, outros mais desenhados. É preciso analisar para ver qual o mais adequado para a função”, contextualiza.
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“Para um ambiente interno, por exemplo, um tecido mais macio é o indicado, então o veludo cai bem. Caso queira algo mais clean, use algum tipo lona, sarja ou até linho”, explica. “Também é importante saber como harmonizar a cor e a tonalidade com o tecido escolhido.”
Na visão da arquiteta Gigi Gorenstein, o uso de estampas é uma estratégia para deixar os cenários mais alegres. “Você leva cor ao ambiente”, brinca.
Dentre tantas possibilidades de uso, o principal ponto que o morador deve considerar na hora de escolher o futon é o objetivo dele na casa. “Essa questão define qual será o ‘recheio’ dele”, explica Claudia Yamada, também arquiteta do Studio Tan-gram.
“Se for um futon que vai fazer as vezes de um sofá, dá para usar uma estrutura mais firme. Se for para um assento, sofá ou banco usado em uma sala de jantar, é melhor que ele seja bem firme para ajudar na hora de levantar e ser mais confortável. Se for pensado para dormir, a estrutura precisa ser fofinha”, exemplifica Yamada.
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Ela complementa que a densidade da espuma é um fator relevante na hora da escolha. “Normalmente, quando o usamos para dar um efeito de ‘almofadão’, optamos por aqueles com uma espessura que varia de 15cm a 20cm. Se a espuma for muito mole, ele vai lá pra baixo, afundando e ficando desconfortável.”
Dicas de uso do futon na decoração
Com o tempo, o futon passou a ser considerado também uma peça de estilo. “Ele é um item ousado de decoração, pois, em geral, é mais baixo. É por isso que ele tem caído nas graças dos casais mais jovens”, acredita a arquiteta Gigi Gorenstein.
Neste caso, a recomendação é ter um velcro ou alguma estrutura que permita prender esse futon na base onde ele está apoiado (normalmente uma marcenaria), pois isso evita que a peça fique deslizando.
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“É muito desagradável ficar arrumando constantemente o futon por conta das movimentações. Quando o futon é maior, para dormir, normalmente o próprio peso dele impede que isso aconteça. Mas em alguns casos usamos o velcro para fazer a fixação e conferir estabilidade”, explica a arquiteta Monike Lafuente.
Para áreas mais descontraídas, como terraço ou varanda, o futon pode ser utilizado para otimizar o espaço. “Diferente de um sofá, que possui uma medida mais ampla com braços e toda uma estrutura que ocupa mais espaço, o futon é mais enxuto e com uma profundidade menor”, pontua Lafuente.
Outra dica de utilização é da arquiteta Gigi Gorenstein: “É possível usá-lo cheio de almofadas na sala ou até como uma alternativa de cama, por exemplo”.