Decoração, reforma e construção

Estilos arquitetônicos: já pensou em ter uma casa brutalista?

Arquitetura brutalista levou um tempo até ser definida como um movimento arquitetônico/ Foto: Getty Images
Da Redação
03-12-2020 - Tempo de leitura: 2 minutos

A beleza do brutalismo, estilo também conhecido como industrial, é bastante baseada em não esconder os aspectos estruturais de uma construção, como as vigas e pilares, e em esbanjar materiais fortes: o concreto armado, a madeira e o aço são os protagonistas.

As edificações desta vertente arquitetônica são imponentes e de grande porte, com design caracterizado por formas geométricas, ângulos e módulos. São, geralmente, desenhadas com fachadas tomadas pelo concreto, estruturas suspensas, recortes inusitados e muitas vigas.

Origem do estilo

A arquitetura brutalista levou um tempo até ser definida como um movimento arquitetônico, já que não se constituiu de um projeto coletivo com ideias comuns – traço característico de grande parte dos demais movimentos.

O brutalismo surgiu como um apêndice do modernismo que começou a tomar forma entre as décadas de 1950 e 1960, quando os últimos projetos do renomado arquiteto, urbanista, escultor e pintor Le Corbusier prenunciaram o movimento.

Publicidade

A primeira obra que foi concebida com o conceito de volumes puros e maciços, estruturas aparentes e concreto foi realizada nas Unités d’Habitation (Unidades de Habitação) em Marselha (França). Trata-se de um conjunto de edifícios modulares construídos de 1945 a 1949, época na qual a economia de recursos era a prerrogativa para reerguer a cidade arrasada pela Segunda Guerra Mundial.

Outras unidades também tidas como as pioneiras do movimento pipocaram nas cidades de Rezé, Berlim, Briey-en-Forêt e Firminy. Todas baseadas no uso de materiais baratos, como o concreto, e o emprego de técnicas modernas que facilitam a circulação de ar.

Onde encontrar em São Paulo

O maior exemplo é a intitulada “casa brutalista”, residência construída pelo arquiteto Ruy Ohtake, na década de 1970, que serviu como moradia e atelier para sua mãe, a  artista plástica Tomie Ohtake.

Atualmente a propriedade é alvo de uma disputa judicial, já que esta foi vendida e o atual proprietário deseja demoli-la para construir uma nova residência no terreno nobre. Contudo, trata-se de um local tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico, o que impede tal ação.

Publicidade

Outros exemplos para quem quer ver o brutalismo de pertinho podem ser encontrados em um roteiro paulistano pelo MASP (de autoria de Lina Bo Bardi), pelo Ginásio do Clube Paulistano (e Paulo Mendes da Rocha), pela Faculdade de Arquitetura da USP (de Vilanova Artigas e Carlos Cascaldi), pelo Sesc Pompéia (também de Lina Bo Bardi) e pelo MuBE (também de Paulo Mendes da Rocha).