De janeiro a dezembro de 2023, 76.145 imóveis foram vendidos na cidade de São Paulo. É o maior número de unidades vendidas desde o início da série histórica apurada pelo Secovi-SP e representa um avanço de 10% em relação ao ano anterior. Do total de vendas, 47% foram de unidades enquadradas no Minha Casa, Minha Vida e 53% referente a outros mercados, como médio e alto padrão.
Durante o período, o setor alcançou um Valor Geral de Vendas (VGV) de R$ 43,9 bilhões em São Paulo, batendo o recorde histórico. É um aumento de 26% em comparação com 2022, sendo que apenas 20% deriva do MCMV (R$ 8,7 bi), enquanto os outros 80% são referentes a outros mercados (R$ 35,2 bi).
Apesar do impacto financeiro observado na cidade de São Paulo, o número de lançamentos caiu em 2023. Foram 73.249 mil unidades residenciais lançadas na capital paulista em 2023, o que significa uma queda de 3% em relação ao ano anterior.
Essa queda é impulsionada pelo segmento outros mercados, que sofreu um decréscimo de 18%, em contraste com o MCMV, que teve uma alta de 17%. “Em 2023, o mercado imobiliário vendeu as unidades que estavam estocadas”, analisa Ely Wertheim, presidente executivo do Secovi-SP.
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“A queda no número de lançamentos e o aumento dos preços é sinal de que o estoque está caindo”, complementa. “Vivenciamos um momento político e econômico conturbado recentemente. Ao mesmo tempo que aconteceu um alinhamento de custos globais, que obrigou um readaptação dos preços de uma unidade habitacional. Eles ficaram mais caros”, indica.
Para a Secovi-SP, porém, o cenário é positivo. “Em 2023, observamos uma readequação do mercado, com pontos como a queda na taxa básica de juros, as melhorias feitas no Minha Casa, Minha Vida, o orçamento recorde e a tendência de queda no desemprego”, enumera Celso Petrucci, economista-chefe da entidade, ao antecipar que em 2024 estes fatores vão influenciar o mercado positivamente.
A maior parte dos imóveis vendidos na cidade de São Paulo em 2023 custaram até R$ 264 mil. Das 76.145 unidades comercializadas em 2023, mais de 30 mil se encaixam nesta categoria, representando 40% do mercado paulistano.
Em segundo lugar aparecem os imóveis avaliados entre R$ 350 mil e R$ 700 mil, com 23% dos imóveis vendidos. Apenas 2.590 mil imóveis ultrapassaram o valor de R$ 2,1 milhões, mas a categoria, sozinha, representa 27% de todo o VGV alcançado pelo setor no período.
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