Meta e disciplina são alguns dos pontos fundamentais para controlar as finanças e conquistar osonho da casa própria.
É o que garante o sócio do PMMF Advogados, especializado em Negociações Estratégicas e Direito Imobiliário, Alberto Mattos de Souza. “Esses são dois dos principais mandamentos a serem observados na busca pela moradia dos sonhos.” O profissional sugere investir em conhecimento e pesquisas antes de fixar onde deseja chegar.
“É importante estar sempre atento às tendências macroeconômicas e do mercado imobiliário em especial. Monitorar os preços praticados na região de interesse é indispensável. Com isso, o interessado aumenta as chances de identificar oportunidades, além de ficar mais seguro quanto ao valor da sua transação quando chegar o momento de fechar negócio”, explica Souza.
Na hora de colocar a mão no bolso, Cassia Castro, sócia da Eixo Inteligência Imobiliária, ressalta que é possível usar a seu favor o cenário de queda da taxaSelic e os novos produtos oferecidos pelos bancos para encontrar um parcelamento vantajoso.
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“As tarifas dos financiamentos imobiliários também seguem em baixa, provocando um aquecimento do mercado. Ainda é possível identificar um movimento acelerado da Caixa Econômica Federal incentivando o financiamento de imóveis”, alerta.
“A dica para a realização do sonho da casa própria é que a pessoa que possui rendimentos mensais comprovados e saúde financeira entre em contato com o gerente do banco e busque o imóvel e financiamento que melhor se adeque a sua realidade. Preço, juros e taxas, número de parcelas e tempo para quitação do imóvel devem ser analisados com cautela”, ressalta a profissional.
Já Alberto Mattos de Souza destaca que, comprando o patrimônio à vista, não será necessário arcar com algumas despesas, como os juros de umfinanciamento.
Porém, o profissional alerta que nem sempre essa é a melhor opção, pois cada pessoa precisa fazer uma análise completa da sua situação, prevendo eventuais dificuldades.
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“Existem alguns pontos extremamente relevantes a serem levados em consideração, como a manutenção de uma reserva de emergência. Ou seja, se pagar à vista, o comprador estará preparado para enfrentar um momento de crise como, por exemplo, uma doença na família, a perda do emprego ou algo do tipo?”, questiona.
“Sugiro que o interessado reserve no mínimo o valor equivalente a seis meses do seu custo de vida para que tenha condição de enfrentar uma crise sem precisar colocar em risco o pagamento do financiamento da propriedade. Muitas pessoas recorrem ao crédito pessoal para enfrentar crises. Entretanto, esse tipo de financiamento costuma ser muito mais caro”, completa.
Alberto ainda explica que é preciso ter muito planejamento, pois a ação de comprar uma moradia acaba obrigando toda a família a se adaptar. “É preciso levar em consideração que o interessado está prestes a realizar um grande investimento e, provavelmente, todos os membros da família terão que se adaptar e se unir para a conquista desse objetivo.”
Para Cassia Castro, “é importante acompanhar a segurança da negociação: a propriedade e a posse”.
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A propriedade é o registro do imóvel, que comprova a aquisição. A matrícula deve espelhar todo o processo de negociação. O registro deve acontecer na esfera pública, para não ter problemas no futuro. Não faça contratos de gaveta.
É preciso também acompanhar os prazos e garantias na construção, se for um imóvel na planta. Se o patrimônio já foi construído, é preciso fazer uma vistoria antes da posse.