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Guia de Bairros

Penha

Na Penha, religiosidade e história se confundem e são protagonistas da fundação. Segundo a lenda, o bairro nasceu após um viajante francês que carregava a imagem da Virgem Maria perdê-la em um penhasco.

Na Penha, religiosidade e história se confundem e são protagonistas da fundação. Segundo a lenda, o bairro nasceu após um viajante francês que carregava a imagem da Virgem Maria perdê-la em um penhasco. Depois de encontrá-la, ele entendeu que a santa havia escolhido aquele lugar como sua morada final. Então construiu ali, no alto do morro, a pequena capela que tempos depois se tornaria na igreja símbolo e ponto de referência do bairro. 

A versão oficial diz que as terras onde o templo foi erguido pertenciam aos irmãos padres Jacinto e Mateus Nunes Siqueira. Após sua construção, um pequeno povoado começou a se formar ao seu redor. O primeiro documento da Penha data de 1667 e se referia a uma doação em testamento à paróquia. Nos tempos do Brasil Império a área era ocupada por um grande fazenda pecuária e um ponto de passagem do gado para localidades mais distantes do leste extremo da então Vila de São Paulo de Pirataninga. 

A vida seguia pacata e sem grandes novidades até que um fato mudou a história do distrito. Em 1886, o Imperador Pedro II, sua esposa, a Imperatriz d. Teresa Cristina Maria, e comitiva visitaram a então freguesia e participaram de uma cerimônia religiosa na igreja. Relatos da época afirmam que o casal imperial foi recebido com uma chuva de pétalas de rosas. Sua Majestade esteve na Penha para uma conversa com seu amigo e correligionário, o comerciante e fazendeiro Antônio Proost Rodovalho. Três anos antes do fim do Império e da Proclamação da República, Pedro II buscava apoio contra os republicanos e abolicionistas que queriam o fim da monarquia e da escravidão no Brasil. 

Mas não foi a primeira vez que uma figura da casa real de Orleans e Bragança esteve por aquelas paragens. Em 1822, o pai do Imperador, Dom Pedro I, também assistiu a uma missa na Matriz após se reunir com fazendeiros do distrito para pedir apoio à Proclamação da República. 

Décadas após a queda do Império, outro acontecimento marcou a história do bairro. Em 1924, rebeldes liderados pelo general Isidoro Dias Lopes se insurgiram contra o governo do presidente Arthur Bernardes. A Penha teve papel importante na crise. 

Com o Palácio dos Campos Elíseos, residência oficial dos governadores do Estado bombardeado, foi do posto policial do distrito que o governador Carlos de Campos comandou a resistência ao movimento dos tenentes, que após quase dois meses de violentos e devastadores combates foi derrotado pelas tropas legalistas do governo federal.

Hoje a Penha se tornou um dos mais importantes e dinâmicos bairros da zona leste paulistana. Possui  um comércio movimentado, com lojas de rua, shopping center, bares, restaurantes, salões de beleza e outros empreendimentos comerciais. Como toda São Paulo, se verticalizou, mas sem perder um certo ar de outrora. Ainda é possível encontrar casas centenárias e vilas pelo perímetro. Mas a igreja segue lá, impassível e imponente, como uma testemunha secular da história desse patrimônio paulistano. Como os moradores de lá gostam de dizer, “venha que eu sou da Penha”. 

Mobilidade

A Penha é servida pelo Metrô na Linha 2 Vermelha, que faz conexão com a Linha 1 Azul na Estação Sé, com a 4 Amarela do Consórcio Via Quatro na Estação República e com os trens da Linha 11 Coral e 10 Turquesa da CPTM na Estação Brás e da 8 Diamante do Consórcio Via Mobilidade no Terminal Rodoferroviário da Barra Funda. A parada faz ligação com a Radial Leste e com o Terminal de ônibus municipais e intermunicipais.

Nos próximos anos, o bairro ganhará mais uma conexão metroviária. A Linha 2 Verde, que hoje liga a Vila Madalena à Vila Prudente, está avançando rumo à região. A nova mega estação terá conexões com a Linha 2 Vermelha e com a Linha 11 Coral da CPTM, que também terá uma nova parada no local. A previsão do governo do estado é que os trens comecem a circular até 2027.

Há também projetos para uma extensão do ramal até a vizinha Guarulhos. O custo do trecho é de cerca de R$ 8 bilhões e foi incluído na lista de projetos que receberão recursos via novo Programa de Aceleração de Crescimento (PAC), plano de investimentos anunciado pelo governo federal em agosto. Ainda sem projeto executivo, plano de trabalho que baliza e estabelece as diretrizes da obra, a previsão é que o novo ramal entre a Penha e o município vizinho terá 6,2 quilômetros de extensão e contará com cinco estações: Penha de França, Tiquatira, Paulo Freire, Ponte Grande e Dutra. A obra também prevê a instalação de um grande pátio de manobras de composições na região da divisa entre os dois municípios. 

Educação

A principal instituição de ensino superior com campus na Penha é o Universitário Carlos Drummond de Andrade – UniDrummond, braço de ensino superior do cinquentenário Grupo Educacional Drummond. No campi do bairro há os cursos de administração, análise de desenvolvimento de sistemas, ciências contábeis, comércio exterior, design de moda, direito, engenharia de produção, gestão comercial, gestão de qualidade, gestão de tecnologia de informação, gestão de RH, gestão financeira, gestão hospitalar, gestão pública, letras (português/inglês), logística, marketing, matemática, pedagogia e processos gerenciais. 

Na rede particular de ensino infantil, fundamental e médio, há o Colégio da Polícia Militar – Cruz Azul, a tradicional Escola João XXIII e o Colégio Comendador, ambos do Grupo Educacional Drummond, instituição com mais de 50 anos de atuação no distrito, Colégio Batista da Penha, Colégio Martins Penna, Colégio São Vicente de Paulo, o Colégio Penha de França, Colégio Cristão da Penha , entre outros. 

No ensino técnico e profissionalizante, o distrito hospeda uma grande unidade do Senac. No complexo, são ministrados os cursos de beleza e estética; bem-estar, design; artes e arquitetura; gastronomia e alimentação; gestão e negócios; meio ambiente; segurança e saúde no trabalho; moda; saúde; tecnologia da informação; turismo e hospitalidade.

A Penha conta com muitas opções de ensino público, como o Centro Educacional Unificado (CEU)  Professor Paulo Freire e o CEU Tiquatira, que atende os ensinos infantil, fundamental e médio, além de oferecer atividades extracurriculares para as crianças. Há ainda a E.E.  Barão de Ramalho, E.E Nossa Senhora da Penha, Centro de Educação Infantil (CEI) Indir Penha, E.E Reis Mattos, E.E Santos Dumont, e as Escola Técnica Estadual (ETECs) Prof. Aprigio Gonzaga e Tiquatira.

Saúde

Com o fim do convênio entre a Prefeitura e o Hospital Filantrópico Beneficência Portuguesa em 2021, a Penha perdeu uma maternidade que, no ano anterior ao encerramento de suas atividades, realizou cinco mil partos. Com isso, a maior unidade hospitalar do distrito é o Centro Médico São Gabriel, administrado pelo grupo NotreDame Intermédica. O hospital conta com complexo cirúrgico no qual são realizados diversos procedimentos ortopédicos e oftalmológicos.  O centro oferece também atendimento clínico em especialidades como cardiologia, dermatologia, gastroenterologia, pneumologia, obstetrícia regular e de alto risco, pediatria, pós-parto e psiquiatria.  

Entre os serviços públicos de saúde, a Penha conta com a Assistências Médica Ambulatorial (AMA) Maurice Pate, a Unidade Básica de Saúde (UBS) Engenheiro Trindade, a AMA/UBS Integrada Cruzeiro do Sul – Zelia L M Doro e o Hospital Público Dia da Rede Hora Certa. Essa unidade atende 24 especialidades e possui estrutura para realizar 22 tipos de exames. Por mês, realiza em média 8.7 mil exames, 8,8 mil consultas, 118 cirurgias e 330 pequenos procedimentos. No total, são 214 funcionários entre médicos, enfermeiros, auxiliares e técnicos de enfermagem. 

Lazer

As paredes da Basílica de Nossa Senhora da Penha contam a história do bairro. A igreja do Século XVII está encravada na parte mais alta da colina da Penha. Outro ícone religioso do distrito é a Igreja do Rosário. O templo foi construído em 1802 por escravos das fazendas da região. As duas paróquias realizam festas para comemorar o aniversário da Penha, no dia 8 de setembro. A programação conta com exposições, desfiles, caminhada beneficente, concurso literário, festival de futsal, encontro de corais.

O Parque Linear Tiquatira é uma das poucas opções de lazer ao ar livre na região.  Implantado ao longo do córrego Tiquatira, o Parque Linear Eng. Werner Eugênio Zulauf foi o primeiro do tipo na cidade. Com uma extensão de mais de três quilômetros, sua vegetação é composta por áreas ajardinadas e arborizadas e bosques heterogêneos. Sobre a fauna, em seu território há 45 espécies de aves catalogadas, incluindo três espécies endêmicas da Mata Atlântica: periquito-rico, teque-teque e tiê-preto. 

O criador do parque é o administrador de empresas aposentado Hélio Silva, 71 anos. Foi ele que, sem apoio de nenhum órgão público, plantou a primeira das 37 mil árvores que hoje se encontram no local. Morador da região, Silva semeou a primeira muda em um espaço na época ocupado por lixo e usuários de drogas da região. “Tenho minhas queridas, mais de 37 mil filhas e filhos ecológicos. Conheço todos. Tenho a certidão de nascimento, dia, horário, foto”, diz, ao explicar que registra tudo para deixar aos seus netos, bisnetos e tataranetos que virão. Até 14 de dezembro de 2022, a conta estava em 37.781 árvores.

Na área do parque linear está localizado o Centro Esportivo Tiquatira CEE Luiz Martines. O espaço oferece uma série de equipamentos e aparelhos para diversão, entretenimento e prática esportiva como academia ao ar livre; brinquedoteca; campo de areia; canchas de bocha e malha; pista de caminhada; playground Infantil; quadra de areia; duas salas de ginástica geral; sala de musculação; sala multiuso e de avaliação médica.

A avenida recentemente ganhou até um beach club. Inaugurado em outubro, o Praia de Tiquatira Beach Club abriga quatro quadras de areia para a prática de beach tênis e futevôlei; piscina para natação e hidroginástica; área kids; bar; restaurante e espaço para shows e eventos. Para frequentá-lo, é possível pagar uma diária, o day use, ou se tornar sócio, como num clube tradicional.

Outra atração do bairro é o Mercado Municipal da Penha. Inaugurado em 1971, o espaço administrado pela Prefeitura conta com 26 lojas que comercializam uma variada gama de itens e produtos. O espaço conta com açougue, peixaria, avícola, adega, padaria, confeitaria, quitanda, empório, pastelaria, bar, restaurante, floricultura, lanchonete, pet shop e box de artigos religiosos. 

Para os “shoppers”, a dica é o Shopping Penha. Situado no coração do bairro, em 2004 o complexo passou por uma grande reforma. Com a expansão, sua área útil passou para quase 30 mil m². Hoje conta com 202 lojas, entre elas as âncoras C&A, Marisa, Kalunga, Lojas Americanas, Magazine Luiza, Centauro e Sonda Supermercados. O shopping dispõe ainda de um complexo com seis modernas salas de cinema da rede Moviecom. 

Gastronomia

Comer bem não é um problema na Penha. O bairro tem boas opções de bares e restaurantes que não devem nada para os de outras regiões da cidade. Um deles é o Bar do Jão, tetracampeão da edição São Paulo do Comida di Buteco (CdB), concurso gastronômico e elege os melhores botecos de 23 cidades do País. Em 2017 e em 2021, o Bar do Jão faturou o bicampeonato da edição nacional do concurso. Os pratos campeões foram o Bacalhau da Dona Arminda, homenagem a uma senhora portuguesa amiga dos donos do estabelecimento e as Lascas Madeirenses da Vó Encarnação (lascas de bacalhau do Porto dessalgadas em gelo por três dias, com molho branco, parmesão e cebola crispy; acompanha chips de mandioca e pesto com amêndoas e gengibre). Para quem quiser prová-los, eles seguem no cardápio da casa. 

Na católica Penha não poderia faltar um Bar do Padre. Pertinho da basílica, o boteco é um dos mais concorridos do bairro. Um dos sucessos da casa é o rodízio de feijoada com pagode ao vivo aos sábados. À noite, a casa tem picanha no rechaud, espetinhos, rodízio de chope e double caipirinha que embalam os shows de grupos de rock, duplas sertanejas e MPB ao vivo. Dizem que às vezes até o padre aparece disfarçado por lá. 

A dica para veggies e veganos é o Umami Gastronomia. A casa serve pratos sem proteína animal como o axé penha (feijão vermelho com tofu defumado acompanhado de arroz integral, banana-da-terra grelhada e farofa de dendê) e o los tacos jaquitas (tortilla caseira, jaca levemente apimentada, abacate, cebola roxa, limão e coentro fresco moderado. Acompanha batata rústica da casa.) Aos sábados, a dica é o brunch 2.0, menu com pratos e bebidas como a panqueca americana de banana e chocolate com farinha de amêndoas, banana e melaço de cerveja preta; pão de arroz; linguiça toscana soulterra; pão de beijo (feito com queijo defumado) acompanhados de café, suco de laranja e cold brown (café com leite de aveia). 

Outra joia do bairro é a Padaria Requinte. O centenário estabelecimento oferece café da manhã, lanches, pizzas, frango assado, pães e bolos. A casa trabalha com buffet de café da manhã e almoço self-service e anuncia que tem o melhor sonho, bolo com recheio de creme, de São Paulo. 

E como estamos na zona leste, não poderia faltar um nordestino. A região concentra o maior número de imigrantes e descendentes daquela região na cidade. Para quem tem DNA ou aprecia a comida de lá, o endereço certo é o Panelão do Norte. Só num restaurante de São Paulo é possível encontrar um prato que une Nordeste e Itália como a lasanha nordestina, com massa e recheio de carne seca. O cardápio traz ainda outras “nordestinidades”, como a peixada nordestina, o bolinho de jabá e o escondidinho de milho com cebola roxa e pimenta biquinho.

Nas cercanias do bairro, a região da avenida Governador Carvalho Pinto, que margeia o córrego e o parque linear Tiquatira, se tornou um corredor gastronômico da zona leste, com bares e restaurantes espalhados por toda sua extensão. Tem opção para todos os gostos e bolsos. Entre eles Jatobar e Tiquatirão (peixes e frutos do mar), Boi Gaúcho e Quintal dos Arcos Steak Bar (rodízio e carnes),  além de bares arrumadinhos, como o La Firma Bar e temático árabe Dunas Bar. 

Pet

A Penha não conta com parques públicos com os chamados “cachorródromos”, estruturas cercadas onde os bichos podem correr e brincar sem o uso de coleiras e guias, exceto aqueles de raças consideradas mais agressivas, que por lei municipal precisam usar focinheiras e enforcadores. Mas algumas praças da região tem os chamados “parcães”, que cumprem a mesma função. São elas: Comunidade Nossa Senhora do Alívio de Ituaçu e Maria Lorecchio Basílio. 

No segmento de serviços para pets, o bairro dispõe de vários pet shops e algumas clínicas e hospitais veterinários. Uma das maiores unidades da região é o Hospital Veterinário Ânima Prime. Inaugurado em 2017, o centro tem atendimento 24 horas nas especialidades de cardiologia, nefrologia, neurologia, nutrição, odontologia, ortopedia e oncologia, entre outras. Realiza cirurgias e oferece terapias não convencionais, como acupuntura, além de laboratório para análises clínicas e exames de imagem. O espaço conta também com UTI e ala de internação. A região abriga também uma loja da Petz, mega rede de produtos e serviços para animais. Ela fica nas dependências do Atacadão Assaí do bairro. 

Cultura

O principal ativo cultural público da região é o Centro Cultural da Penha. Inaugurado nos anos 70 como biblioteca pública, o espaço recebe uma série de atividades, como shows, saraus musicais e literários, batalhas (disputas) de passinho e rima, exposições e oficinas culturais. É também a sede da FliPenha, a feira literária do bairro. Em 2021, o espaço inaugurou uma estátua em homenagem a Itamar Assumpção, grande músico e compositor que foi um dos precursores do movimento Vanguarda Paulistana. Itamar escolheu o bairro como endereço e morou na Penha até sua morte, em 2003,

Entregue à população ano passado, o novo estúdio musical da instalação foi batizado com o apelido artístico de Itamar. O espaço “Nego Dito” prioriza gravações de artistas em início de carreira residentes no território. 

 Um dos equipamentos do CC Penha é o Teatro Martins Pena. Inaugurada em 2012, a sala tem capacidade para 200 espectadores e conta com moderna estrutura técnica. A programação traz espetáculos de teatro adulto e infantil e cinema. O complexo abriga ainda o Espaço Cultural Mário Zan, composto por quatro salas, três para ensaios e uma para estudos, e a Biblioteca José Paulo Paes, que conta com um acervo de 34 mil livros, boa parte com obras sobre a Penha.

A história do bairro quatrocentão é contada e preservada no Memorial Penha de França. A instituição é uma iniciativa pessoal do engenheiro aposentado Francisco Folco. O espaço está instalado em um casarão dos anos 30 e guarda um acervo de mais de 300 fotos antigas, obras de arte e jornais restaurados. As visitas precisam ser agendadas, pois o espaço não fica aberto à visitação pública. 

Um endereço bem curioso do bairro é o Túnel do Tempo Diversões. É o local ideal para os apreciadores de pinball, o antigo fliperama, e videogame vintage. Tem também máquinas de pegar bichinhos de pelúcia, mesas de snooker e outras atrações de tempos passados. É possível ir sozinho ou em grupo de amigos ou familiares. A casa recebe muitas festas de aniversário. 

Segurança

A Penha não está nas primeiras posições dos rankings de criminalidade de São Paulo. Não figura entre os 10 bairros com maior número de roubos e furtos de celulares, residências e veículos. Mas alguns dados chamam a atenção. No primeiro semestre de 2022, o 10º DP da Penha de França, unidade policial que atende a região, registrou 373 furtos e roubos de veículos no território, segundo levantamento do Estadão Imóveis com base nos dados da Secretaria de Segurança Pública do Estado. Esse ano houve um aumento considerável nesse tipo de ocorrência. Foram 465 delitos, um acréscimo de 24,8%. Mas apesar do crescimento, o bairro ainda está longe do vizinho Tatuapé. Com 841 crimes registrados de janeiro a junho, o bairro foi o campeão de furtos e roubos de veículos na capital. 

Por outro lado, as estatísticas de assaltos a residências no bairro melhoraram. No primeiro semestre de 2022, a Penha contabilizou 34 roubos e furtos em casas e condomínios. Esse ano, no mesmo período, o número baixou para 29. Desse total, mais da metade, 17, ocorreram em casas. Isso se explica pelo fato de a maioria dos condomínios residenciais contar com cercas elétricas, câmeras e seguranças particulares. Mas a Penha ainda tem muitas casinhas de rua, com muros baixos e pouca proteção. A maioria dos casos acontecem nessas habitações. 

Localização   

Localizada na zona leste da capital, a Penha faz divisa com os bairros do Tatuapé, Vila Matilde, Cangaíba e Vila Ré. Está situada a 10,3 quilômetros da Praça da Sé; a 11,5 quilômetros do Terminal Rodoviário do Tietê; a 21 quilômetros do Aeroporto de Congonhas e a 18,7 quilômetros do Aeroporto Internacional de Guarulhos. Suas principais vias de circulação e acesso são as avenidas Conde de Frontin (Radial Leste), governador Carvalho Pinto, Airton Pretini, Amador Bueno da Veiga e São Miguel. 

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