Nos últimos anos, o mercado imobiliário brasileiro vivenciou transformações significativas, e 2025 promete ser mais um marco nesse processo. Em meio a cenários econômicos desafiadores, as mulheres emergem como peças-chave para a sustentação e evolução do setor. E este protagonismo, antes impulsionado pela necessidade, agora se consolida por escolha e estratégia.
Em 2021, os financiamentos imobiliários assinados exclusivamente por mulheres representavam 29,7% do total, enquanto outros 24,2% contavam com a composição de renda feminina em conjunto com cônjuges. Esses números, mesmo em meio a uma pandemia e altas taxas de desemprego, são um reflexo de como as mulheres estavam redefinindo seu papel econômico e social.
Hoje, com a taxa de desocupação feminina em um dos níveis mais baixos da série histórica (6,4% no último trimestre de 2024), a tendência é que essa influência cresça exponencialmente.
Com a alta esperada nos juros, que torna o crédito imobiliário mais caro e seletivo, a composição de renda familiar será fundamental para a viabilização de financiamentos. Aqui, as mulheres se destacam. Chefes de mais de 50% dos lares brasileiros, elas demonstram não apenas estabilidade financeira, mas também uma visão estratégica na busca pela casa própria .
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Como escrevi em “Proprietárias”, “quando a mulher constrói seu patrimônio, vislumbra não só a independência financeira, como também a independência de vida”. Essa frase encapsula o impacto cultural e social do protagonismo feminino no setor imobiliário, ao destacar que a aquisição de imóveis transcende a economia, simbolizando autonomia e liberdade.
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Historicamente, as mulheres influenciam mais de 60% das decisões de compra de imóveis, um dado que ressoa ainda mais em 2025. A aquisição de um imóvel, antes associada exclusivamente ao sustento masculino, hoje é parte do protagonismo feminino na economia.
Esse fenômeno não se limita à compra de imóveis. O setor também vivencia uma transformação em suas lideranças, com mulheres ocupando posições estratégicas que impulsionam práticas mais inovadoras e alinhadas às demandas do mercado.
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Embora o cenário econômico atual apresente barreiras, como os altos juros e a inflação, as mulheres têm mostrado resiliência e adaptabilidade. Ao consolidar sua presença como principais compradoras e investidoras, elas se tornaram agentes de estabilidade em um setor que depende de confiança e planejamento a longo prazo.
Uma pesquisa da ANBIMA mostrou que 35% do público feminino tinha uma aplicação financeira em 2023, contra 33% em 2022 e 28% em 2021. O principal destino para o dinheiro é a compra da casa própria (34%), esta tendência de alta deve se manter para 2025. Nesse sentido, é essencial que o mercado imobiliário reconheça e incentive ainda mais essa participação.
Empresas que valorizam a diversidade e a liderança feminina geram maior engajamento e tornam-se mais preparadas para lidar com crises e mudanças. Estudos mostram que ambientes diversos são até seis vezes mais inovadores, um diferencial competitivo crucial em tempos de incerteza econômica.
As mulheres continuam a transformar o mercado imobiliário, seja como compradoras, líderes ou investidoras. Com isso, 2025 tem tudo para ser o ano em que o protagonismo feminino no imobiliário se consolidará como um pilar fundamental para a construção de um futuro mais inclusivo e resiliente.
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