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Como o Natal impacta o mercado de decoração

"A decoração vai além do ornamental, tornando-se uma expressão tangível da identidade", afirma Eduardo Cincinato/ Crédito: Getty Images
Eduardo Cincinato
21-12-2023 - Tempo de leitura: 2 minutos

As celebrações sempre exerceram um fascínio singular, proporcionando momentos de alegria, confraternização e uma oportunidade ímpar de transformar os lares em cenários encantados. Contudo, com a chegada da pandemia, observamos uma mudança notável no comportamento dos consumidores em relação à decoração de casa, especialmente durante datas comemorativas como o Halloween e o Natal.

Antes, o apelo estava centrado em itens de valor sentimental, muitas vezes transmitidos de geração em geração. Atualmente, as escolhas de decoração são mais influenciadas pelo estilo pessoal, criando uma combinação das próprias perspectivas com o ambiente externo.

Uma tendência marcante que se consolidou é a integração do Natal à decoração cotidiana da casa. Anteriormente limitada a árvores de Natal e presépios, a decoração expandiu-se para abranger guirlandas, mesas postas, decoração de sofás e tapetes. O ato de decorar a casa tornou-se um hábito arraigado no calendário do consumidor.

Dados levantados pela Associação Brasileira de Artigos para Casa, Decoração, Presentes, Utilidades Domésticas, Festas, Flores e Têxtil. (ABCasa), em parceria com o IEMI – Inteligência de Mercado, revelam que, somente em 2022, o setor de artigos para casa e decoração, movimentou mais de R$ 96 bilhões de reais. Esse volume considerável é reflexo do aumento da importância atribuída à atmosfera acolhedora e festiva que a decoração proporciona, especialmente durante o período natalino.

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Outro dado importante da pesquisa é o número de empregos que o setor de artigos para casa e decoração gera. Só no ano passado, por exemplo, foram mais de 458 mil diretamente pessoas empregadas, seja de maneira formal ou informal.

Esses números mostram que a transformação do Natal em uma expressão estética da personalidade de cada indivíduo impulsionou a diversificação do mercado, criando uma extensa variedade de opções para atender aos gostos mais distintos. A busca por peças exclusivas e inovadoras ganhou destaque, impulsionando o surgimento de novas tendências e estimulando a criatividade tanto dos consumidores quanto dos fabricantes.

É evidente que a pandemia não apenas redefiniu a importância da decoração de casa, mas também levou o setor a se reinventar. A capacidade de adaptação do mercado, aliada à crescente valorização do lar como refúgio seguro, contribuiu para a expansão significativa do segmento de casa e decoração.

À medida que nos aproximamos do fim do ano de 2023, as projeções indicam um crescimento contínuo, com estimativas de aumento de 8% no faturamento do setor em dezembro em relação ao mesmo período do ano passado.

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Isso não apenas reforça a resiliência do mercado, mas também ressalta a percepção crescente de que a decoração vai além do ornamental, tornando-se uma expressão tangível da identidade e do estilo da casa de cada um.