Embora disponibilizar quartos vagos de casas ou apartamentos seja uma prática comum em bairros e cidades próximas às universidades, plataformas digitais que intermediam essa modalidade de aluguel estão ganhando cada vez mais força no Brasil e no mundo.
Consequentemente, esse tipo de negócio está ocorrendo com muito mais frequência, não se limitando somente às questões relacionadas a estudo, como também às viagens e à economia em relação a locação de um imóvel inteiro. Segundo a empresa de hospedagem Airbnb, em 2018, os quartos privativos representaram 27% dos anúncios em sua plataforma no Brasil e os compartilhados ficaram em 2% do total.
Outro estudo da empresa aponta que 53% dos anfitriões brasileiros alugam imóveis para obter uma renda extra e 44% precisam desse dinheiro para pagar as contas no fim do mês. O porcentual é superior, por exemplo, aos do Chile e da Colômbia, onde a renda é essencial para 29% e 35% dos locadores, respectivamente.
Outros pontos vêm sendo personalizados e desburocratizados, como o período de estadia do locatário. Atualmente, é possível locar um dormitório somente por alguns dias, em vez de fazer um contrato de no mínimo seis meses, sujeito à multa.
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Ou seja, esse tipo de negociação atrelada às plataformas digitais traz inúmeras vantagens para quem pretende alugar um cômodo dentro de um patrimônio, assim como a flexibilização do processo de locação oferece benefícios ao proprietário.
Por isso, partindo do pressuposto de que há um espaço vazio em sua casa, um dos proveitos em alugá-lo é, justamente, o retorno financeiro que ele pode trazer, auxiliando no pagamento das despesas mensais da residência.
Além disso, é menos complicado e mais rápido alugar um cômodo do que a casa inteira. E o valor, apesar de mais baixo, pode ser satisfatório. No entanto, é necessário ter muito cuidado com quem você coloca dentro da sua unidade, a fim de garantir a sua segurança e a da sua família.
Outro ganho desse tipo de negócio é que, por mais que a rotina seja inevitavelmente alterada pela presença de uma pessoa nova no ambiente, geralmente quem aluga um quarto está mais em busca de um local para dormir e para armazenar seus pertences do que, necessariamente, para conviver.
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A depender do que for estabelecido no contrato entre as partes, a pessoa terá direitos sobre determinadas áreas, seguindo as regras impostas. De qualquer forma, é fundamental ser bastante específico sobre essas normas, a fim de evitar que ocorram problemas ou desentendimentos que dificultem uma relação cordial e amistosa entre as partes.
A recomendação é estabelecer horários de saída e chegada, assim como regras para a utilização da cozinha e a possibilidade de aceitar animais. Por meio de uma conversa, posteriormente registrada no contrário, será possível alinhar as ideias das partes.
Apesar de ser uma prática bastante atrativa, saiba que, antes de anunciar um quarto do seu imóvel, é preciso verificar no contrato do aluguel (caso o imóvel não seja próprio) e no condomínio se você possui autorização para sublocar cômodos.
Caso o retorno seja positivo, antes de veicular o anúncio na internet, certifique-se de oferecer toda a mobília e os utensílios necessários em uma casa, pois quanto mais completo o seu imóvel for, maior será o preço que você poderá cobrar por ele.
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