A cidade de Barueri, no interior de São Paulo, tem o metro quadrado de imóvel residencial para alugar mais caro do Brasil, segundo o Índice FipeZAP+ de Locação, divulgado pelo DataZAP+ em dezembro. O preço médio do aluguel é de R$ 50,56 por m². Só em 2022, o município registrou valorização de 23,27%, a quinta maior do País. Ao todo, o aluguel residencial no Brasil registrou valorização de 16,55%
Os maiores registros de crescimento foram vistos em São José (SC), que teve alta de 42,41%; Florianópolis (SC), com 30,56%; Goiânia, com 32,93% e Curitiba (PR), com 24,47%. O Índice, que acompanha preços de aluguel de imóveis residenciais em 25 cidades brasileiras, apontou alta de 0,88% em dezembro de 2022, mantendo a tendência de crescimento, registrada no mês anterior com 0,79%.
Entre as capitais, o valor do aluguel residencial mais caro foi encontrado em São Paulo, onde o metro quadrado custa em média R$ 45,50 e a alta anual foi de 14,63%. Entre as capitais, Recife vem em segundo lugar, com R$ 41,68/m². Florianópolis está em terceiro, com R$ 38,81/m².
Cidade | Preço/m² | Crescimento em 2022 |
Barueri (SP) | R$ 50,56 | 23,27% |
São Paulo (SP) | R$ 45,50 | 14,63% |
Recife (PE) | R$ 41,68 | 17,07% |
Santos (SP) | R$ 38,96 | 12,00% |
Florianópolis (SC) | R$ 38,81 | 30,56% |
Rio de Janeiro (RJ) | R$ 37,78 | 17,93% |
Brasília (DF) | R$ 37,11 | 9,15% |
São José (SC) | R$ 34,72 | 42,41% |
São José dos Campos (SP) | R$ 32,68 | 20,90% |
Praia Grande (SP) | R$ 32,27 | 16,12% |
Belo Horizonte (MG) | R$ 30,66 | 20,01% |
Santo André (SP) | R$ 30,21 | 12,43% |
Salvador (BA) | R$ 29,69 | 16,56% |
Curitiba (PR) | R$ 29,62 | 24,47% |
Guarulhos (SP) | R$ 29,52 | 11,16% |
Porto Alegre (RS) | R$ 27,68 | 11,14% |
Campinas (SP) | R$ 26,73 | 19,68% |
São Bernardo do Campo (SP) | R$ 26,21 | 8,32% |
Goiânia (GO) | R$ 26,09 | 32,93% |
Joinville (SC) | R$ 25,16 | 10,98% |
Niterói (RJ) | R$ 24,54 | 18,44% |
Fortaleza (CE) | R$ 23,05 | 21,33% |
Ribeirão Preto (SP) | R$ 20,48 | 17,83% |
São José do Rio Preto (SP) | R$ 19,28 | 16,27% |
Pelotas (RS) | R$ 16,16 | 2,37% |
“Em termos de perspectiva histórica, trata-se do maior resultado anual apurado pelo índice desde 2011, período em que os preços de locação se elevaram, em média, 17,30%”, relembra Pedro Henrique Tenório, economista do DataZAP+. “O bom desempenho de 2022 é reflexo da melhora no mercado de trabalho, além da retomada das atividades e da queda de desemprego no 1º semestre do ano”, comenta.
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Ele afirma ainda que o mercado de aluguel foi impulsionado pela economia. “No segundo semestre houve injeção de recursos, o que causou reflexos positivos no PIB. O cenário possibilitou que os locadores elevassem os preços para quem aluga.”
Para 2023, no entanto, a expectativa de Tenório é que o crescimento seja em um ritmo menor. “A inflação deve ser mais contida. PIB e mercado de trabalho devem se estabilizar. O preço não deve continuar crescendo nessa taxa tão alta”, acredita.