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Saiba como adaptar a casa para deficientes e idosos

É preciso pensar também na rampa e no piso antiderrapante, além de corredores largos e maçanetas especiais/ Foto: iStock
Verônica Lima
23-07-2019 - Tempo de leitura: 2 minutos

Para que pessoas com movimentos limitados se sintam bem acolhidos em um espaço, é importante que algumas adaptações e mudanças sejam realizadas na estrutura e na decoração para proporcionar conforto, praticidade e, principalmente, autonomia.

“Pessoas com mobilidade reduzida geralmente utilizam equipamentos de auxílio para locomoção, como bengalas, muletas e andadores, além de cadeiras de rodas. É importante que existam barras de apoio em pontos estratégicos como banheiro, chuveiro e pia, pois facilitam a utilização com conforto e segurança”, aponta Fabrício Pimenta sócio da Pimenta Associados.

Barras, rampas e revestimentos

As barras devem ser inteiramente de aço inox, incluindo suportes e parafusos de fixação sextavados. Elas devem atender à Norma 9050 da ABNT – que estabelece dimensões e resistência apropriadas – e ainda às normas NBR 10283 e NBR 11003, que se referem à resistência à corrosão. Do contrário, o risco de oxidação e de acidente é certo. Elas também devem ter empunhadura correta para evitar que o usuário prenda o braço entre a alça e a parede, causando fratura.

Além disso, é preciso providenciar a instalação de rampas, troca dos pisos lisos por antiderrapantes e instalação de corredores largos. Pessoas com insuficiência física, idosos e deficientes visuais precisam de, no mínimo, um metro para se locomoverem sem se chocar com as paredes. As portas e janelas também devem ter maçanetas e puxadores especiais para o caso de alguém não ter braços ou mãos com atividade plena.

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Uma boa solução para as pessoas que sofrem de deficiência visual são os materiais de cores contrastantes para alertar sobre a presença de degraus ou qualquer outra alteração no piso, por exemplo. Para estes usuários, é importante ainda o uso adequado de texturas nas paredes, mas não revestimentos ásperos que possam machucar. “Além disso, devem ser evitados degraus, tapetes, objetos com arestas vivas, maleiros e instalações altas”, aconselha Fabrício.

Móveis, armários e prateleiras

O profissional adverte que os armários e prateleiras precisam ficar a uma altura que dispense o uso de escadas ou bancos. “Também recomendamos sinalizações visuais e sonoras para pessoas com deficiência auditiva e visual, respectivamente”, aponta ele.

O ideal é contar com móveis de portas de correr, pois ocupam menos espaço e são mais práticas, em especial para os cadeirantes. Os móveis de cantos arredondados também são fortes aliados para evitar acidentes e ferimentos. E os guarda-roupas devem ter projeto especial para facilitar o acesso de uma cadeira de rodas aos calçados e roupas.

Tomadas e interruptores

Tomadas e principalmente interruptores de luz devem estar na altura adequada para serem alcançados. Uma boa solução também é fazer um projeto personalizado, com controles, botões, teclas e similares que podem ser acionados por pressão, alavanca ou automatização.

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