Notícias

Presidente da ABRAINC defende baixa na Selic: “Juros altos inibem a inovação”

Luiz França defende redução da selic como estratégia para fomentar avanço do setor na abertura do Fórum de Inovação e Liderança da Incorporação/ Crédito: Tulio Vidal/Abrainc
Breno Damascena
20-06-2023 - Tempo de leitura: 1 minuto

Entre hoje (20) e amanhã (21), o Comitê de Política Monetária (Copom) se reúne para definir a Selic, a taxa básica de juros. Apesar da expectativa ser a manutenção em 13,75% ao ano, diversas entidades fazem pressão para um corte na Selic. Nesta terça-feira, durante o 4º Fórum de Inovação e Liderança da Incorporação (FILI 2023), promovido pela Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (ABRAINC), foi a vez do porta-voz da instituição expor sua visão sobre o tema. 

“Manter (a taxa de juros) do jeito que está pode inviabilizar tudo, até a inovação”, afirma o presidente da Abrainc, Luiz França. “A inovação é capaz de reduzir custos e trazer novas tecnologias para o mercado de incorporação, mas antes de pensar em algo novo, as empresas se preocupam com a questão financeira. Se você está preocupado com a taxa de juros, não consegue olhar para isso.” 

França entende que a taxa de juros é negativa para a habitação popular, especialmente os financiamentos imobiliários realizados via Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo. Ele acredita que a redução da Selic ajudaria a promover o acesso a moradias populares. 

“Uma família com renda até R$ 10 mil, que antes conseguiria comprar um imóvel financiado de R$ 470 mil, agora só poderia adquirir um imóvel de até R$ 370 mil, isso por conta de um aumento em torno de 23% no valor da parcela, o equivalente a um desembolso de R$ 500 reais a mais por mês”, afirma.

Publicidade

Além disso, o presidente da ABRAINC entende que diversas empresas estão postergando iniciativas por causa da Selic mantida em 13,75% e pede ao Banco Central que foque numa redução imediata. “Não basta um viés para uma possível redução na próxima reunião. Qualquer queda que aconteça neste momento já serve como um sinalizador que vai se refletir em mercados futuros”, acredita França.