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Plantas perfumadas: decore sua casa na medida certa para o seu olfato

A lavanda, por exemplo, é delicada e tem a haste muito perfumada. Seu cheiro tem efeitos calmantes e relaxantes/ Crédito: Getty Images
Da Redação
30-07-2020 - Tempo de leitura: 3 minutos

É provável que, ao pensar em decoração, você imagine cores, móveis, quadros, eletrodomésticos e até plantinhas que irão compor a paisagem de cada cômodo. Organizar o espaço e torná-lo bonito são tarefas importantes para deixar a casa agradável. Mas há uma outra forma de decoração que foge aos olhos e pode passar despercebida: a olfativa.

A nossa capacidade de sentir aromas não é trivial: estudo publicado pela revista Science informa que podemos distinguir entre mais de 1 trilhão deles – e pesquisas associadas revelam que o olfato é o sentido mais ligado às memórias e à emoção. Os cientistas atribuem tanto poder ao olfato por ele ser o primeiro sentido a amadurecer durante a gestação e, portanto, a ligação dele com o córtex garante a relação entre o que cheiramos e o que sentimos.

A boa notícia é que não precisamos de bilhões de aromas para decorar a casa de forma adequada. Basta refletir: o que eu quero sentir em cada ambiente?

Perfume das plantas

A melhor forma de garantir prazer para os olhos e para as narinas é investir em plantas perfumadas. A paisagista formada em engenharia agrônoma Angélica Zan descreve quatro agrupamentos de aromas das plantas:

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Perfumes adocicados: há ampla variedade de aromas doces e algumas espécies são bastante populares, como a flor de mel, álisso e a peônia. Angélica destaca a orquídea chocolate e o bastão do imperador, mas alerta: “se estiverem em maior quantidade ou em ambiente pequeno e fechado, podem se tornar enjoativas”.

Perfumes cítricos: tendem a se fazer mais presentes durante as estações primavera e verão – é o caso do jasmim, da maravilha e da dama-da-noite. Para Angélica, o alecrim é a planta cítrica mais versátil. “É leve e refrescante e pode estimular a memória. Bom para quem está de home office, quando a atenção e a disciplina são mais requeridas.”

Perfumes amadeirados: são plantas que têm aroma terroso, com tons mais fortes, secos e densos, como o manacá e a madressilva (também adocicada). Angélica recomenda sobretudo o xanadu: “ao colher suas folhas, seu aroma lembra bosques e madeira cortada”.

Perfumes calmantes: além de base para ótimos chás, a camomila, a erva-cidreira e a passiflora servem também para decoração aromática. Para Angélica, contudo, a estrela entre elas é a lavanda: “é capaz de provocar efeito relaxante e pode colaborar para o controle da insônia, do estresse e da ansiedade”.

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Decoração olfativa cômodo a cômodo

Dada a relação tão profunda entre olfato e emoções, é preciso ficar atento a que memórias e sensações os aromas despertam. Esse é um exercício individual: a recomendação é provar o perfume da planta escolhida antes de instalá-la dentro de casa. Respeitando, portanto, as preferências de cada morador, Angélica Zan orienta a decoração olfativa:

Ilustração: Débora Islas

Sala: é o ambiente doméstico que mais deve ter a personalidade do dono, mas há aromas que são ótimas escolhas em qualquer situação: lavanda e alecrim. “Eu gosto de usar essas espécies margeando o caminho da entrada, convidando o visitante a tocar o galho”, sugere Angélica. “Assim, dispersa-se o perfume pelo ar e é como se a casa estivesse dizendo ‘seja bem-vindo’ a quem chega.”

Banheiro: aqui, a recomendação é preencher o cômodo com plantas frescas, de tom mais cítrico. Um arranjo com folhas de eucalipto ou capim-limão harmoniza bem neste ambiente.

Cozinha: novamente, os aromas cítricos são a melhor pedida – eles se sobrepõem aos cheiros de gordura e de alimentos em geral. Funcionam bem o alecrim, o manjericão e a falsa-hortelã. E uma dica é colher ramos e distribuir arranjos com água pela cozinha. “O aroma dessas plantas gera disposição, energia e alegria. Por isso, é bom tê-las por perto enquanto tomamos um café para começar o dia”, justifica Angélica.

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Quarto: local onde descansamos, o cômodo deve ser ocupado com aromas leves e calmantes, caso da lavanda. Contudo, explica a paisagista, a lavanda exige alta luminosidade e circulação de ar. A dica é: cultive a planta no quintal, varanda ou janela mais ampla da casa e colha suas hastes para montar um arranjo.

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