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Ocupação de escritórios em São Paulo aumenta 39,4% em um ano

Taxa de vacância caiu 0,8 ponto percentual no 4º tri do ano passado/ Crédito: AdobeStock
Breno Damascena
21-02-2024 - Tempo de leitura: 2 minutos

A ideia de que o trabalho presencial e a relevância dos escritórios estariam ultrapassados parece que ficou no passado. A diminuição de vagas remotas dá tom a um movimento de retomada que é marcado pelo aumento progressivo da ocupação de edifícios corporativos. De acordo com levantamento da Secovi-SP, em parceria com a CBRE Brasil, a cidade de São Paulo registrou um aumento de 39,4% na absorção bruta de escritórios em 12 meses.

O relatório indica que o avanço foi alcançado na comparação entre o quarto trimestre de 2022 e o quarto trimestre de 2023. No total, a absorção bruta chegou a cerca de 852 mil m². Enquanto isso, a taxa de vacância caiu 0,8 ponto percentual no 4º trimestre do ano passado.

Felipe Giuliano, Diretor de Locação da CBRE, explica que a companhia monitorou 380 prédios corporativos de grande relevância na cidade e observou que mais de 82% deles registraram um nível de ocupação acima dos 70%. “Além do interesse de gestores e colaboradores de retomarem o trabalho presencial, o cenário de inflação controlada e redução da taxa de juros faz com que as empresas invistam mais nos escritórios”, entende. 

Não à toa, o estudo mostra que o volume de novas locações de escritórios cresceu 26% em 2023 em comparação a 2022. “Quando a pandemia chegou, muitas empresas devolveram os escritórios. E agora elas estão voltando, mas isso acontece em uma ordem específica. “No primeiro semestre de 2023, observamos as empresas pequenas buscarem espaços com até 5 mil m². No segundo, foram aquelas um pouco maiores, que foram atrás de ambientes com até 10 mil m²”, pontua Felipe.

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Ele aponta que quanto maior é a empresa, mais difícil é realizar estes movimentos de assinatura e rescisão do contrato. Por isso, a expectativa é que em 2024 a volta aos escritórios seja ainda mais significativa. “É o ano em que vamos observar as empresas que precisam de espaços ainda maiores do que 10 mil m² agitarem o mercado”.

Setores mais relevantes

De acordo com o levantamento da CBRE, 26% dos espaços comerciais foram ocupados por empresas dos setores financeiro, tecnologia e saúde. “As companhias de finanças e tecnologia devolveram muitos espaços durante a pandemia. Agora estão voltando com a justificativa de buscar mais produtividade”, observa Felipe.

Essa recuperação, ele avalia, deve marcar um novo momento para o mercado de edifícios corporativos. “As empresas, especialmente financeiras, estão focadas em melhorar o layout dos escritórios. Antes da pandemia, a densidade era de 7 m² por estação de trabalho. Agora percebemos que elas buscam de 10 m² a 12 m² por estação de trabalho”, aponta. 

Além disso, nota-se a expansão desses prédios para além da tradicional região da Faria Lima. “O estoque já está diminuindo e alguns escritórios não dão mais conta de abrigar todos os funcionários. Elas acabam migrando para outros locais, como a Avenida Paulista, a Chucri Zaidan, a Rebouças e a Marginal Pinheiros”, enumera Felipe. “E os espaços que elas deixam são logo ocupados por outras empresas que já estavam no prédio”.

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