Com a chegada do verão e das férias é comum o aumento do fluxo de pessoas nas piscinas de condomínios residenciais, clubes e outros espaços de lazer. Segundo a Sociedade Brasileira de Salvamento Aquático (Sobrasa), quase seis mil pessoas morrem afogadas por ano no Brasil, mas 44% desses afogamentos ocorrem entre os meses de dezembro e março, ou seja, nos dias mais quentes do ano. Por isso, para que a diversão não vire um pesadelo, é preciso que alguns cuidados e regras sejam seguidos.
Primeiro de tudo, o Instituto Brasileiro de Avaliações e Perícias de Engenharia (Ibape/SP) alerta para a importância de verificar junto a proprietários, síndicos, zeladores ou com a administração do local a conformidade das instalações com as normas vigentes e se suportam a demanda e o aumento da frequência nos meses de férias.
Outro ponto muito importante é que crianças de 4 a 12 anos, ainda que saibam nadar, não devem ficar livres e sozinhas na piscina, principalmente em razão do afogamento ocasionado pela sucção da bomba. A sucção, inclusive, é um dos principais pontos de cuidado em relação às piscinas, na visão da engenheira civil Rejane Berezovsky, do Ibape/SP. A peça, que integra o sistema de drenagem e tratamento de água do tanque, pode oferecer risco de enlace de cabelos ou aprisionamento de membros do corpo quando fora das especificações técnicas e normas de segurança.
“Recomendamos o uso de tampas antiaprisionamento ou tampas não bloqueáveis, que cubram o dreno de fundo. O Ibape, inclusive, tem uma cartilha específica sobre o assunto, que mostra de maneira bem didática como o equipamento seguro deve ser”, conta Rejane. O material é gratuito e o download está disponível em http://www.ibape-sp.org.br
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“O recomendável é sempre procurar um profissional habilitado para executar uma inspeção predial e apontar as medidas necessárias em cada local do condomínio. E, após essa medida, o gestor condominial precisa estar atento a todos os quesitos citados e realização da manutenção contínua”, finaliza a engenheira.