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Condomínios brasileiros solicitam mais crédito para investir em energia solar do que em segurança

De acordo com CondoConta, solicitações de crédito para energia solar só fica atrás de obras e reparos no prédio/ Crédito: Getty Images
Breno Damascena
15-03-2023 - Tempo de leitura: 1 minuto

Os condomínios brasileiros estão cada vez mais atentos com as questões ligadas à temática ESG (Environmental Social and Governance). Pelo menos é isso que mostra o levantamento feito pelo banco para condomínios CondoConta, que indica que os condomínios brasileiros estão solicitando mais crédito para investir em energia solar do que em segurança. 

De acordo com o estudo realizado pela empresa, 22% do total de solicitações de crédito têm como objetivo a instalação de painéis e placas de energia solar, enquanto apenas 12% são para melhorias de segurança e 2% para instalação de portarias remotas. O primeiro lugar no ranking, com 49% das solicitações de crédito, é ocupado “por obras, reformas e pinturas”. 

Fonte: CondoConta

Na visão de Rodrigo Della Rocca, CEO e cofundador do CondoConta, dois pontos ajudariam a explicar esses resultados: a priorização de necessidades e o valor investido. “Os condomínios possuem um degrau de necessidades, sendo algumas delas obrigatórias e outras importantes, mas opcionais. A eletricidade é obrigatória e todos já usam ou irão usar, já segurança é importante, porém opcional”, afirma.

“Além disso, o valor aportado em placas solares tende a ser o dobro do montante de uma portaria remota, o que alavanca bastante os números”, pontua. “O investimento médio é maior em inovação/energia do que em câmeras e sensores para segurança, por exemplo”, explica o CEO da companhia que atende mais de 2.500 condomínios no Brasil.

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O cenário positivo para a energia solar também é impulsionado pela Lei 14.300/22, que institui o marco legal da micro e minigeração de energia. A norma, sancionada em meados de 2022, permite que consumidores produzam sua própria energia elétrica a partir de fontes renováveis. Na prática, as unidades consumidoras (telhados, terrenos, condomínios e sítios) podem possuir microgeradores que geram até 75 kW de energia.

“A instalação de placas solares também proporciona economia no longo prazo, inclusive pagando o investimento feito”, acredita Della Rocca. “O momento é muito voltado para o investimento em inovações de fazendas de energia até placas solares, semelhante ao que foi o boom da Portaria Virtual entre 2018 e 2020. E no Brasil temos a vantagem de que o clima facilita a instalação de energia limpa.”