Metade de toda a riqueza familiar dos Estados Unidos (EUA) está nas mãos dos Baby Boomers, a geração de pessoas que nasceu entre 1946 e 1964. Hoje, essas pessoas, que possuem de 59 a 77 anos de idade, é dona de uma fortuna que soma US$ 140 trilhões.
Ao passo que esse grupo envelhece, ele deixa para seus herdeiros o patrimônio conquistado ao longo da vida, incluindo ativos financeiros e imóveis. Uma reportagem do New York Times estima que dos US$ 84 trilhões projetados para serem repassados dos norte-americanos mais velhos aos herdeiros da geração Y e da Geração X até 2045, US$ 16 trilhões serão transferidos na próxima década.
As grandes quantias que serão herdadas em breve são fruto do crescimento dos preços nos mercados financeiros e imobiliário. Embora uma valorização parecida ou até maior seja vista no mercado de ações, é notável o impacto dos imóveis nessa equação.
Para se ter ideia, o preço médio de uma casa nos Estados Unidos aumentou cerca de 500% desde 1983, quando a maioria dos baby boomers estava na faixa dos 20 e 30 anos, até agora. Ou seja, quem herda um imóvel hoje está recebendo um bem valorizado por décadas.
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A reportagem do The New York Times alerta que essa transferência de riqueza não necessariamente significa mobilidade social. Afinal, a maior parte do dinheiro continuará concentrada nas famílias dos 10% mais ricos do país. Além disso, dentro deste grupo, aquele 1% mais rico é composto por uma maioria de brancos.
Na contramão, o custo de vida, de moradia e de criação de famílias segue em ritmo de crescimento. Ainda que trabalhadores com salários mais baixos possam se mudar para a casa comprada por um dos pais quando o mercado imobiliário estava aquecido, surgirão jovens de classe média prestes a ganhar quantias substanciais, mas precisando lidar com as despesas de cuidar dos filhos crianças e pais idosos.