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Alternativas como o consórcio imobiliário podem ser uma boa solução para quem tem dificuldade na hora de pagar o aluguel de casa. Por isso, conheça mais do assunto e veja por que considerar essa opção na sua carteira de investimentos.
Imagine dois vizinhos construindo suas casas ao mesmo tempo. Na primeira semana, constroem a sala; na segunda, o banheiro; na terceira, a cozinha; e assim por diante. A questão é: e se ambos construíssem juntos uma casa por vez? Uma delas estaria disponível na metade do tempo, certo?
Essa é a ideia do consórcio imobiliário. Os participantes de um grupo pagam parcelas periódicas e remuneram juntos um mesmo fundo. Dessa forma, cada pessoa adquire uma parte de um imóvel, mas o modelo garante que mês a mês haja pessoas que vão desfrutar da casa de imediato.
E há mais vantagens nesse processo, o primeiro deles é não ter juros envolvidos. Como as pessoas subsidiam entre si os imóveis, não há uma instituição financeira que precise emprestar recurso para a compra de terrenos, casas ou apartamentos.
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Fabiane Guiraud de Souza, diretora comercial da Clarim Imóveis, lembra que a taxa cobrada pela administradora do consórcio é pactuada em contrato, ou seja, a regra do jogo é conhecida previamente.
“O custo que o consorciado tem é a taxa de administração para manutenção do grupo. Essa taxa é predeterminada na contratação e fixa, o que permite vislumbrar se o negócio vale a pena”, diz.
Outro benefício é que não é necessário dar entrada. Por isso, o valor que seria destinado para iniciar um financiamento pode ser direcionado em lances. Na maior parte dos casos, a administradora do consórcio sorteia um imóvel entre os participantes de um grupo e disponibiliza uma segunda contemplação para quem der o maior aporte. Funciona como uma espécie de leilão.
Por fim, vale a pena considerar que o participante contemplado ganha uma carta de crédito e tem liberdade, portanto, para empregá-la em qualquer tipo de transação imobiliária. Se você mora em São Paulo (SP), mas decidiu que Acapulco (México) é seu “sonho de consumo”, maravilha! É só fazer as malas.
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Souza observa que, como em todo investimento, é fundamental tomar alguns cuidados antes de assinar o contrato. Veja-os a seguir.
Souza diz que os Fundos de Investimento Imobiliários (FII) e os consórcios funcionam de modos diferentes, oferecendo retornos distintos. Por isso, vale a pena conhecer bem os prós e os contras de cada opção.
A especialista diz que, ao aportar um valor nos FII, você não paga taxas e ainda é remunerado durante o processo (0,6% a 0,8% ao mês, em média). Usando essa remuneração para reinvestir, você usa os juros a seu favor — esse é o “mantra” do investidor. Porém, os consórcios podem ter uma alavancagem bem melhor que os fundos imobiliáriosa depender do período de contemplação.
“Um exemplo: você paga R$ 20 mil em parcelas e é contemplado em uma carta de crédito de R$ 200 mil, então você rapidamente vê um volume dez vezes maior de recurso. Nesse caso, você poderia comprar um imóvel e locar para um inquilino de imediato, ou seja, o imóvel ‘se pagaria sozinho’”, explica Souza.
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Por isso, é importante pesar qual é o modelo de investimento que cabe melhor na sua carteira. E, se você tiver um “respiro”, pode até para mesclar as duas opções.
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