Investidores andam descontentes com a rentabilidade dos Fundos de Investimentos Imobiliários depois que a taxa básica de juros atingiu 12,75% – estratégia do Banco Central para conter o avanço da inflação no País, deixando a renda fixa são tipos deinvestimentos financeirosmais lucrativa para aplicação, mas cotas de empreendimentos imobiliários podem ser um caminho.
Essa é possibilidade de voltar a investir no setor com retorno acima da Selic, o que pode ser uma saída para o mercado imobiliário e atrair investidores como opção de bons ganhos.
Segundo Jonata Tribioli, especialista em cotas da NeoIn, esta modalidade se posiciona como uma possibilidade de investimento capaz de aliar a segurança do mercado imobiliário com uma taxa de lucro elevada, cujos ganhos variam de 18% a 24% ao ano.
“O investidor adquire a cota que representa uma quantidade do m² de um empreendimento pelo preço de custo do lado do incorporador. Quando a construtora vende os apartamentos pelo preço de mercado, ela divide o lucro com o cotista”, explica.
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As cotas de empreendimento imobiliário são a maneira pela qual uma construtora capta recursos junto a pessoas físicas para dar início a uma obra, oferecendo em troca um percentual sobre o capital investido.
Para iniciar os investimentos e se tornar um cotista, Tribioli conta que a pessoa deve participar de uma rodada de investimentos junto à construtora. Durante o evento, a empresa irá apresentar os projetos em desenvolvimento e as cotas previstas para cada um deles, que podem variar tanto no valor mínimo de aporte quanto no tempo de alocação do capital.
Definido o projeto e o investimento pela cota, o próximo passo é o contrato. Segundo o especialista da NeoIn, o acordo é formalizado por meio de um contrato na forma de Sociedade de Conta de Participação, instrumento jurídico que garante a operação através da lei 10.406/2002 do código civil brasileiro.
Neste instrumento jurídico, a empresa responsável pelo projeto entra como sócia ostensiva, recolhendo os impostos sobre o total do empreendimento, enquanto o investidor aparece apenas como sócio participante/oculto, aportando valores e recebendo dividendos.
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Segundo o especialista, ao começar uma construção é preciso capital para bancar os custos iniciais do projeto para adquirir materiais, compra do terreno, pagar a mão de obra, entre outras coisas. Uma das formas de levantar esse montante é por meio de financiamento bancário.
Contudo, a burocracia exigida pelas instituições faz com que os recursos demorem a ser liberados e seu tempo não condiz com o timing das obras. Para agilizar o processo, as empresas recorrem às cotas de empreendimento. “Por meio delas, o dinheiro entra rapidamente na conta da construtora, que consegue dar início aos trabalhos e mantê-los até que os recursos dos bancos fiquem disponíveis”, explica.
“É uma maneira do investidor ter lucro junto ao incorporador: a construtora aumenta sua capacidade de construir empreendimentos com mais agilidade, aumenta a quantidade e, ao mesmo tempo, visa reduzir o déficit habitacional no País”.
De acordo com o especialista, os Fundos Imobiliários têm sua rentabilidade proveniente de aluguéis comerciais, como galpões e shoppings, que são regulamentados pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM), pensados para quem compra ou comprou imóveis para investimento.
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As cotas de empreendimentos acontecem por meio da lei 10.406/2002 do código civil brasileiro através da sociedade em conta de participação. “O investimento em cotas é para a construção de prédios e o seu lucro vem por meio da venda para o cliente final, que paga preço de mercado”, explica.
Tribioli defende o investimento como seguro e lucrativo, já que antes de abrir o terreno para investidores, já estão encaminhados o desenvolvimento do projeto, a aprovação e a liberação com a prefeitura, juntamente com as obras em andamento. “Entre o terceiro e sétimo pavimento do empreendimento, quando o cliente consegue ver onde ele vai investir, nós abrimos as cotas do empreendimento”, afirma.
Diferente dos investimentos como a renda fixa, que oferece mais liquidez e rendimento, as cotas de empreendimento dependem da venda dos imóveis.
Um dos pontos positivos defendidos pelo especialista é a rentabilidade de 24% ao ano com retorno líquido em torno de 12 a 30 meses. Mas, assim como qualquer tipo de investimento, este também tem seus riscos.
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A aposta da empresa é usar cotas de empreendimentos já aprovados para diminuir o risco e se apoiar no déficit habitacional do Brasil, que é de quase 8 milhões de residências, segundo levantamento da Ecconit Consultoria Econômica, atendendo à solicitação da Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc), como justificativa do bom investimento.
“Qual tipo de imóvel a população brasileira pode pagar? Imóveis de luxo ou imóveis econômicos? Os recordes do mercado imobiliário, analisando os últimos anos, foram de apartamentos de 30m2 a 45m2, que cabe no bolso da população, com custo acessível. Bom pro cliente que busca moradia, bom para investidores com poder de compra e bom para a construtora”, finaliza.
Atualizado em: 20.05.2022 ás 16h01