Crédito: Breno Damascena
A expressão “tapete biodegradável” geralmente está ligada aos tapetes higiênicos utilizados para forrar a casa de tutores de cães não adestrados. Uma empresa brasileira fundada por um imigrante alemão há mais de 70 anos se propõe a mudar esta percepção. A Tapetes São Carlos anunciou a criação do primeiro tapete biodegradável da América Latina para decoração residencial.
Em destaque na 13ª do ABCasa Fair, evento que está reunindo 400 expositores de artigos para casa e decoração em São Paulo, o tapete Eco Terra é o resultado de quatro anos de desenvolvimento e chama atenção do setor pelo pioneirismo. “Nenhum dos elementos do tapete vai permanecer no meio ambiente depois que ele for descartado”, afirma Felipe Tiberti, Supervisor de Acabamento da Tapetes São Carlos.
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“Tem muita empresa que diz que vende tapete biodegradável, mas quando você olha é só o fio da superfície. Aqui tudo é biodegradável, do fio da superfície à tecelagem, passando pelo fio de debrum”, enumera. A proposta da empresa é que os tapetes estejam completamente decompostos em até quatro anos em caso de descarte em aterros sanitários ou compostagem industrial.
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No entanto, esse processo de biodegradação só acontece na ausência de oxigênio. “Os aterros contam com bactérias específicas que vão fazer com que o tapete suma. Em casa, ele é um tapete normal, que pode ser lavado e tudo mais. Não é um produto descartável”, esclarece Luiz Henrique, Auxiliar Comercial da Tapetes São Carlos. “O objeto funciona assim por conta de um aditivo que é colocado no fio utilizado para costurar o tapete”.
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O tapete biodegradável faz parte de um movimento iniciado pela companhia para desenvolver artigos mais sustentáveis. Fundada em 1951 pelo imigrante alemão Otto Rösel, a Tapetes São Carlos possui uma fábrica de 150 mil m² e conta com mais de 500 funcionários. “Este não é o primeiro passo em direção à sustentabilidade. Já desenvolvemos objetos com plásticos reutilizáveis, por exemplo”, pontua Luiz.