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Pessoas acreditam que imóveis estão mais baratos, diz pesquisa

Percepção é influenciada por fatores como incerteza econômica, taxa de juros e comportamento do mercado/ Crédito: Getty Images
Breno Damascena
17-08-2023 - Tempo de leitura: 1 minuto

No segundo trimestre de 2022, 76% das pessoas acreditavam que os preços dos imóveis estavam “altos ou muito altos”. No mesmo período deste ano, a porcentagem caiu para 72%, é o que traz a pesquisa Raio-X FipeZAP+ do 2º trimestre de 2023, realizada pelo DataZap, que analisou a percepção sobre os preços de imóveis da população brasileira.

O levantamento realizado com 1.139 pessoas mostra que aqueles que consideravam que os preços dos imóveis estavam em um “nível razoável” subiu de 17% para 18%, enquanto a parcela que classificava os preços como “baixos ou muito baixos” cresceu de 2% para 4%.  

Considerando apenas quem comprou imóveis nos últimos 12 meses, a oscilação é ainda maior. No 2º trimestre de 2022, 71% classificava os preços como  “altos ou muito altos”. O número caiu para 64% no mesmo período de 2023.

Enquanto isso, a porcentagem de pessoas que classificava como “baixos ou muito baixos” saiu de 7% para 13%. “É uma percepção que reflete os momentos de aquecimento do mercado”, afirma a economista do DataZAP+, Larissa Gonçalves. 

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entre os que planejam comprar um imóvel nos próximos três meses, a parcela que considera os preços “altos ou muito altos” recuou de 75% para 68%. Já o percentual que considera que os preços estão em “nível razoável” subiu de 19% para 22%, enquanto o percentual que qualificava os preços como “baixos ou muito baixos” se manteve em 2%. 

“No geral, os potenciais compradores possuem um viés de seleção menos otimista, pois como ainda estão na fase da procura, a percepção mostra preços mais elevados para o curto prazo e maior incerteza quanto à valorização do imóvel no longo prazo”, diz Larissa. 

Entre aqueles que já são proprietários, os que consideram os preços “altos ou muito altos” recuou de 75% para 72%. Nesse grupo, aqueles que avaliam os preços como razoáveis caiu de 17% para 15%, em contraste à parcela que considera os preços “baixos ou muito baixos”, que subiu de 3% para 9%.