Ter uma casa pré-fabricada não costuma ser a opção primária de quem deseja construir um imóvel, condição ancorada principalmente em uma série de questões culturais e até mesmo econômicas. De acordo com o orçamento disponível no Habitissimo, o preço médio é de R$ 114.320, sendo que as unidades menores partem de R$ 17.500 e as maiores chegam a R$ 340.000.
Em relação às questões culturais, é comum a crença de que um bem pronto é um projeto no qual não se pode realizar mudanças. Ou até mesmo questionamentos relacionados à qualidade dos materiais utilizados. Porém, a engenheira civil da Associação Paulista para o Desenvolvimento da Medicina, Renata Brabo, esclarece as possibilidades do modelo.
“Algumas permitem alterações, mas é preciso a avaliação de um engenheiro para verificar a necessidade de reforço estrutural. Outras já não permitem alterações. A limitação do layout de unidades pré-fabricadas é uma de suas desvantagens.”
Em um passado não tão distante, no começo dos anos 2000, não era comum a existência de empreiteiras focadas na construção de unidades produzidas no Brasil. No entanto, com o crescimento econômico, as empresas do setor começaram a se popularizar por aqui. Antes de incluir esse modelo nos planos da família, esteja atento aos prós e contras.
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É comum a crença de que optar por uma residência pré-fabricada significa economia. No entanto, é importante ter em mente que esse racionamento não está relacionado a questões monetárias e sim ao tempo de execução da obra.
Por uma série de questões técnicas, que vão desde o projeto estar pronto até mesmo à agilidade dos funcionários – que já estão habituados a todas as etapas do processo e elementos confeccionados anteriormente –, a construção costuma ser mais rápida do que modelos de alvenaria. Prova desta eficiência é que uma série de construtoras optam por erguer suas edificações utilizando o mesmo conceito das casas pré-fabricadas.
Renata destaca que, com a escolha do tipo de construção e depois de pesar os prós e contras da tipologia, é importante buscar por uma empresa especializada. Depois, basta ter um local preparado para a adaptação da estrutura para aproveitar a agilidade do processo. “É necessário apenas a regularização do terreno e construção de uma base sólida. Mas o tipo do campo pode influenciar no design da casa”, lembra a profissional.
Provavelmente, a principal desvantagem em relação a uma casa comum diz respeito às limitações de acesso ao local da obra, que pode ser impossibilitada por causa do escoamento viário de todo o maquinário em locais mais remotos ou isolados, como em ilhas, por exemplo.
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Outra limitação encontrada para as propriedades pré-fabricadas é o projeto. Opções arquitetônicas mais arrojadas, formas elípticas e uma série de formatos geométricos corriqueiros em uma residência costumam não ser possíveis em uma casa elaborada devido aos moldes utilizados para a sua confecção.
“Diferente da mão de obra para a construção convencional, a estruturação pré-montada requer técnicas mais específicas para garantir o funcionamento adequado do sistema construído. O detalhamento de projeto deve estar bem feito, pois para esse tipo de obra a margem para improvisos é mínima”, explica a engenheira.